quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Prefeitura pratica “bullying político”, dizem vereadores.


Em Aragarças é comum colocar o nome de vereadores em placas de inauguração, reinauguração, readequação e até reativação de prédio público municipal.
Atualmente, as inscrições nas placas em Aragarças são apenas dos nomes do governador, do prefeito, do vice-prefeito, do secretário da área envolvida na obra, e dos vereadores fiéis à base do prefeito.

A ausência do nome de três vereadores em placas de inauguração de prédios públicos tem causado discórdia. Os parlamentares ‘excluídos’ se dizem perseguidos e classificam a ação do prefeito como “bullying político”.
Eles são os únicos dos onze vereadores da cidade que não têm o nome nas placas. Por causa disso, os vereadores cogitam em procurar a Justiça para exigirem que seus nomes sejam gravados.
Uma das placas em questão foi colocada no Hospital Municipal Getúlio Vargas no último dia 9/10 durante a reabertura do centro cirúrgico e da ala de internação que por mais de 90 dias ficaram interditadas pela Vigilância Sanitária de Goiás. As vereadoras Regina Célia (PSC), Bruna Jaqueline (PT) e o vereador Duda Figueredo (PDT) foram os excluídos. “É triste tentar jogar a população contra os vereadores”, disse Regina Célia.
Apesar do vice-prefeito de Aragarças e de todos os vereadores da base do prefeito que tiveram seus nomes grafados, mesmo assim não compareceram no descerramento da placa de reforma do hospital.
Para a vereadora Regina Célia, a questão é pessoal. Segundo disse, ela ficou sabendo que o prefeito alegou para terceiros que optou por priorizar o nome de quem legisla em prol do município… “Isto é injusto, já que votamos a favor de todos os projetos enviados pelo Executivo que foram para beneficiar a população, mesmo não sendo da base do prefeito”, disse.
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A parlamentar lembrou ainda que está diuturnamente no Hospital Getúlio Vargas fiscalizando, “isso pode ter sido um dos motivos”, ressaltou ela. O prefeito de Aragarças, foi procurado, mas não atendeu nosso questionamento. Sua assessoria informou que ele estava em Goiânia e que não poderia ser localizado.
De acordo com um especialista em direito constitucional da UFG, o parlamentar pode ingressar com uma ação contra o prefeito para exigir a retirada da mesma ou a colocação do nome dele. “É uma ação discriminatória, que fere os princípios da igualdade e da moralidade na gestão”, disse o especialista. “O vereador que se sentiu lesado pode, nesse caso, entrar com uma ação civil”, aponta ele.
O três vereadores informaram que estão consultando seus advogados para decidirem que medidas tomarão.

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