quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Bullying: Dia Mundial alerta para importância da conscientização nas escolas

Imagem ilustrativa de bullying na escola (Foto: Free Images)
Dia Mundial de Combate ao Bullying acende botão de alerta para importância da conscientização da sociedade sobre danos da prática, muito comum nas escolas (Foto: Free Images)
postado por Malu Silveira
Para combater de forma mais incisiva o bullying, prática de intimidação sistemática cada vez mais comum entre crianças e adolescentes, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na última quinta-feira (15) o Projeto de Lei (PL) 5369/2009, que cria ações para combater esse tipo de violência em escolas e demais estabelecimentos de ensino. O texto agora vai à sanção presidencial. E nesta terça-feira (20), Dia Mundial de Combate ao Bullying, é importante acender o botão de alerta para a importância da conscientização da sociedade sobre os sérios danos que esse ato, na maioria das vezes silencioso e repetitivo, pode trazer à vítima.
Depressão, ansiedade, baixa autoestima, comprometimento do rendimento escolar, evasão escolar e insegurança. Esses são apenas alguns dos, digamos, sinais dessa prática que nada tem de inofensiva. “O bullying é silencioso. Então, é necessário um olhar muito criterioso da escola e também dos familiares. Infelizmente ele existe como uma forma mascarada de brincadeira e, para algumas crianças e adolescentes, ainda é visto como algo inofensivo”, alerta a psicóloga clínica e educacional Danielle Ferreira Fazio, responsável pelo setor de psicologia do Ensino Fundamental 2 do Colégio Motivo, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.
Segundo a profissional, é necessário a comunicação constante entre alunos e escola, assim como escola e família. “Primeiramente, deve-se ter muito diálogo em casa. Os pais precisam conhecer o filho, saber com quem ele está andando, especialmente porque a vida social da criança geralmente é na escola. A família também deve se sentir segura para procurar o colégio. É necessário sempre essa parceria. Já na escola, o mais importante é trabalhar a comunicação em trabalhos didáticos e em campanhas favoráveis a esse diálogo entre alunos”, explica a psicóloga.
Quando a intimidação acontece, a intervenção dos gestores é o mais recomendado. “O que sempre orientamos é procurar o responsável. Em casa, os pais. Na escola, o professor ou a direção. Quando detectamos o bullying, entramos com o setor de psicologia para conscientização. Chamamos as vítimas, trabalhamos com os agressores e damos espaços também para as famílias envolvidas”, pontua a especialista, que também defende que devolver as agressões não é o caminho correto: “Revidar não é o caminho. A reprodução vai gerar ainda mais sofrimento”, defende.
Prevenção
O bullying é mais comum na escola porque é o local onde as crianças e os jovens passam a maior parte do tempo. Por isso, a proposta do Projeto de Lei determina que o Ministério da Educação e as secretarias de educação desenvolvam capacitações com equipes pedagógicas, gestores e professores para combater a prática, além de produzir relatórios bimestrais das ocorrências registradas.
“Em todas as oportunidades que temos, trabalhamos com os alunos sobre as consequências do bullying. E percebemos, cada vez menos, a prática desse tipo de violência na escola. Desenvolvemos iniciativas como debates, campanhas, peças teatrais e reuniões mensais com os representantes de turma”, comenta a psicóloga sobre as principais ações que os estabelecimentos de ensino podem desenvolver.

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