terça-feira, 23 de agosto de 2016

Superando marcas, bullying e o preconceito

Fonte: Jornal Floripa

Com apenas 22 anos, Tom Daley já tem muita história pra contar, e a precocidade parece fazer parte desde sempre da vida deste britânico, que se tornou um dos maiores atletas de saltos ornamentais do mundo. No esporte, começou a saltar com apenas 7 anos. Com 13, tornou-se o mais jovem vencedor de um campeonato europeu. Com 14, foi o atleta britânico mais jovem na Olimpíada de Pequim-2008, tornando-se também o caçula entre finalistas de todas as nacionalidades — ficou na sétima posição na plataforma de 10m, sua especialidade. Em 2009, aos 15 anos, ganhou seu primeiro campeonato mundial, tornando-se o britânico mais jovem a conseguir tal feito. Três anos mais tarde, daria a primeira medalha (bronze) para a Grã-Bretanha em provas de saltos ornamentais após 52 anos, em seu país, nos Jogos de Londres-2012. Era o apogeu de Daley, que durante todo este tempo, passou por provações na vida pessoal que quase o tiraram do esporte e, muito além disso: quase tiraram sua vida. Alvo de bullying diário na escola — “Atiravam coisas em mim, me jogavam no chão, e todo mundo achava graça. Comecei a duvidar de quem eu era”, revelou ele em entrevista —, chegou a confessar ao treinador que estava desistindo da carreira e que pensava em suicídio. Tom Daley foi salvo pelo pai, que o tirou do colégio e passou a dedicar-se em tempo integral ao filho. De forma também precoce, o saltador perdeu o pai quando tinha 17 anos — e foi ao pai, no ano seguinte, em Londres, que o saltador dedicou a medalha olímpica. Superando as provações, Daley ainda tornou-se um símbolo da causa gay, quando, em 2013, postou no Youtube: “Nunca tive uma relação séria, mas esta primavera minha vida mudou completamente quando conheci uma pessoa que me faz sentir feliz e protegido. E esta pessoa é um homem.” Figurando em todas as listas dos mais belos atletas, com dezenas de contratos publicitários, Tom Daley ainda publica na internet vídeos dedicados a uma vida saudável — ele não quer ser só um atleta bonito, mas também exemplo para outros que precisem superar suas dificuldades. Na piscina do Maria Lenk, o chinês Qiu Bo finaliza salto da plataforma de 10m

Fonte: http://oglobo.globo.com/esportes/superando-marcas-bullying-o-preconceito-19965747

Nenhum comentário:

Postar um comentário