quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Adolescente confessa que matou duas meninas porque sofria bullying


POR: DA REDAÇÃO   -   EM COTIDIANO


Após oito meses de investigação, um crime bárbaro foi elucidado pela Polícia Civil. Foto: Reprodução

Após oito meses de investigação, um crime bárbaro foi elucidado pela Polícia Civil de União da Vitória e chocou os moradores da região. Um jovem de 17 anos confessou ter assassinado duas adolescentes na pequena comunidade rural de Linha do Encantilado, em Cruz Machado, no sul do estado.
“De acordo com a confissão, o primeiro homicídio teria sido cometido porque ele gostava da menina, era humilhado por ela e já fazia um tempo que planejava matá-la. A segunda menina foi morta por tê-lo acusado de envolvimento no desaparecimento da amiga”, explicou o delegado de União da Vitória, Douglas Carlos de Possebon. 
O trabalho dos investigadores começou em dezembro de 2015 com o desaparecimento da adolescente Camile Loures das Chagas, de 13 anos. Em abril deste ano, Solange Roseli Vitec, de 17 anos, e amiga da primeira jovem, também desapareceu. As investigações contaram com o apoio da Polícia Militar, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) e parceria do Corpo de Bombeiros do Paraná e Santa Catarina.
“Seguimos diversas linhas de investigações. Todas as informações que chegavam eram checadas. Foi levantada a possibilidade de elas estarem em prostíbulos em São Paulo e foi investigado. Disseram terem visto um carro vermelho na região, o único veículo vermelho era de um padre e ele também foi ouvido. Foram feitas interceptações telefônicas com autorização judicial e nada foi descoberto. Quase todos os dias, desde dezembro, os policiais tentaram obter informações”, explicou Possebon.
O caso, então classificado como desaparecimento, teve uma reviravolta no dia 8 de junho quando um agricultor encontrou uma ossada cujos indícios apontavam ser de Solange pelas vestes, mochilas e pertences. Em 12 de agosto, agricultores encontraram um crânio, ossos de braços e pertences que seriam de Camile, a primeira vítima desaparecida.Os policiais então decidiram repetir a coleta dos depoimentos. Os investigadores perceberam contradições e nervosismo ao ouvirem o jovem agricultor A.B, que acabou confessando o crime. 
Ainda de acordo com o depoimento, ambas foram mortas por asfixia, a primeira com as mãos do autor e a segunda com a calça da própria vítima. Ele nega ter cometido abuso sexual com jovens.
A polícia aguarda os resultados dos exames nas ossadas encaminhadas ao Instituto de Criminalística, juntamente com material genético, e investiga se o jovem agiu sozinho ou contou com a participação de outra pessoa.O agricultor não possuía passagem pela polícia, foi ouvido na Vara da Infância e Adolescência de União da Vitória e será encaminhado para um Centro de Integração Social (CIS).

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