sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Dois terços dos jovens de 18 países dizem ter sido vítimas de bullying

Nove em cada 10 jovens de 18 países acreditam que o bullying é um problema generalizado em suas comunidades, e dois terços dizem que sofreram com esse tipo de violência, segundo pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e parceiros.
Um terço dos entrevistados disse acreditar que sofrer bullying é normal e, por isso, não contou a ninguém. Foto: Shutterstock / CC
Um terço dos entrevistados disse acreditar que sofrer bullying é normal e, por isso, não contou a ninguém. Foto: Shutterstock / CC
Nove em cada 10 jovens de 18 países pesquisados acreditam que o bullying é um problema generalizado em suas comunidades, e dois terços dizem que sofreram com isso, segundo nova pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e parceiros.
A pesquisa foi realizada por meio do U-Report. Por meio da pesquisa, os jovens responderam, via SMS, Facebook e Twitter, a uma série de questões sobre o impacto do bullying em suas comunidades, suas próprias experiências pessoais e o que pensam que pode ser feito para acabar com esse tipo de violência.
Mais de 100 mil jovens entre 13 e 30 anos participaram da pesquisa, de países como Senegal, México, Uganda, Serra Leoa, Libéria, Moçambique, Ucrânia, Chile, Malásia, Nigéria, Suazilândia, Paquistão, Irlanda, Burkina Faso, Mali, Guiné, Indonésia, Zâmbia.
“Bullying, incluindo o bullying on-line, continua sendo um risco, em grande medida incompreendido, ao bem-estar das crianças, dos adolescentes e dos jovens”, disse a assessora sênior de Proteção Infantil do UNICEF, Theresa Kilbane.
“Para acabar com esse tipo de violência, temos de sensibilizar o público para o impacto negativo do bullying, capacitar professores, pais e colegas para identificar riscos e comunicar incidentes, e prestar assistência e proteção às vítimas”.
Um terço dos entrevistados disse acreditar que sofrer bullying é normal e, por isso, não contou a ninguém. Além disso, a maioria dos entrevistados que relataram terem sido vítimas de bullying disse que foi intimidada por sua aparência física.
O bullying também foi atribuído ao gênero ou orientação sexual e etnia, sendo que um quarto das vítimas disse que não sabia a quem contar.
Oito em cada 10 entrevistados disseram acreditar que aumentar a conscientização por meio da formação de professores para que ajudem as crianças a se sentirem confortáveis em denunciar o bullying é uma maneira de resolver o problema nas escolas.
O UNICEF trabalha para instruir crianças e adolescentes sobre os efeitos do bullying como parte de sua iniciativa global “End Violence Against Children” (Pelo Fim da Violência contra as Crianças), por meio da plataforma U-Report e de campanhas globais nas redes sociais (#ENDViolence).
O UNICEF, com seus parceiros, também trabalha para fortalecer os sistemas de educação nas escolas e estabelecer mecanismos de referência fortes para o bem-estar infantil.

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