quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Joanna Maranhão é alvo de ataques nas redes e recorre à justiça


  
Após a postagem, Joanna foi vítima de ataques ligados a "haters". O termo hater é bastante utilizado na internet para classificar algumas pessoas que praticam "bullying virtual" ou "cyber bullying".

"Foi enfrentar os 'urubu', mas saiu com a bunda molhada, e sem nenhuma medalha.....kkkkkkkkkkk", postou Roberto Moraes, em resposta ao texto da atleta, em sua página no Facebook.

O usuário Paulo Bernardo sugeriu à atleta "aproveitar esse preparo físico todo que a natação proporciona e procurar um emprego, algo como virar uma laje etc, porque a mamata de viver às custas do dinheiro público, leia-se do contribuinte vai acabar"

Joanna é crítica declarada do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e contra políticos conservadores, como o deputado Jair Bolsonaro (PSC-SP).

"Realmente, vc não nos representa, a nenhum de nós, jamais nos representará! Você é o retrato do fracasso e da vergonha, não porque terminou em 15°, mas pelo ser humano desprezível que ės! Já vai tarde! Bolsonaro será sim nosso presidente, vocês queiram ou não, vocês não representam nossa nação!", postou a seguidora do Bolsonaro, Mari Costa.

Em resposta às ofensas, a atleta disse que seu advogado está reunindo informações dos usuários para ir à Justiça. Segundo ela, "o ódio será revertido para uma boa causa; combate à pedofilia". Leia abaixo o post:

"A todos os perfis verdadeiros que vieram até aqui denegrir, ofender e xingar: muito obrigada!
Fiquei em silêncio permitindo que vocês se sentissem a vontade enquanto o advogado coletava nome, dados e cpf de cada um. A partir da próxima semana estaremos entrando com ação na justiça, com todas as provas (inclusive cobertura da imprensa), trata-se de uma causa ganha e com esse dinheiro estaremos potencializando as ações da ONG infância livre. Sendo assim: muito obrigada! O ódio de vocês será revertido para uma boa causa; combate à pedofilia" denunciou.

Vítima de abuso sexual na infância, Joanna destacou-se na luta contra a pedofilia e, em 2012, foi criada a Lei 12.650/2012 que leva o seu nome, alterando a prescrição sobre os crimes de pedofilia e também estupro e atentado violento ao pudor, praticado com crianças e adolescentes.

Joanna não foi a única a sofrer ódio nas redes sociais. A judoca Rafaela Santos, primeira atleta brasileira a conquistar medalhas no Rio 2016, sofreu ataques racistas nas redes sociais quando foi eliminada dos jogos olímpicos em Londres. 
 

Do Portal Vermelho com Brasil 247

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