terça-feira, 25 de agosto de 2015

Meninas fãs de Star Wars se ajudam entre si para enfrentar bullying e machismo

Por Redação 


Princesa Leia


Por incrível que pareça, em pleno 2015 ainda há quem não eduque seus filhos e filhas dentro da compreensão de que mulheres (e meninas) podem gostar de qualquer coisa, inclusive de Star Wars e outras nerdices. Prova disso são recorrentes casos de bullying machista sofrido por garotas fãs da franquia criada por George Lucas.


Um dos últimos casos a vir à tona foi o da pequena Layla, que vinha sendo incomodada por alguns colegas em sua escola na Virgínia, Estados Unidos, por usar uma jaqueta do simpático robozinho R2-D2 e uma camisa de Os Guardiões da Galáxia. Quando o fato se tornou público, a seção local do 501st Legion, grupo mundial de fãs de Star Wars, resolveu agir.

Garrison Tyranus, membro da organização, presenteou a garota com uma armadura de um Stormtrooper em tamanho infantil, além de um conjunto de cartas em um estojo do Chewbacca, algo que, sem dúvida, apenas reforçou o apreço da criança pelo mundo de Star Wars. O caso de Layla, porém, está longe de ser algo isolado.


Armadura contra o preconceito

O site io9 cita outros dois casos semelhantes ao de Layla, começando pelo de uma menina chamada Katie Goldman. Em 2010, ela passou por situações semelhantes e teve uma ajuda também parecida para enfrentar a fúria de quem achava que ela não poderia ser nerd.

Porém, o mais curioso foi o que Katie Goldman fez com o presente que ganhou da 501st Legion, a mesma armadura de Stormtrooper em tamanho infantil: ela a ofereceu de presente para Alison, outra menina que também estava sofrendo bullying por gostar de “coisas de menino” — Star Wars e Homem-Aranha.

Depois de Alison, foi a vez de Layla ser auxiliada da mesma maneira, sendo a terceira menina ajudada pelo 501st Legion. Sua história ganhou notoriedade após ser divulgada no perfil do Facebook da organização de fãs e expõe de forma clara uma situação nada agradável: o machismo entre os nerds.


Machismo nerd

Obviamente que os nerds não são uma ilha isolada dentro da sociedade, ou seja, eles também vão reproduzir os mesmos preconceitos presentes em grande parte da comunidade na qual estão inseridos. Mas os casos das três garotas são apenas a ponta de um iceberg bem maior.

As situações vão além do bullying comum, afinal são geradas por garotos que são, eles próprios, fãs de Star Wars, Guardiões da Galáxia, Homem-Aranha e afins. A partir disso, o preconceito gira em torno da ideia de que meninas não deveriam se interessar por “coisas de menino”.

Os garotos agem como se elas estivessem se apropriando de algo que lhes pertencem, o que, todos sabemos (ou ao menos deveríamos saber), não faz o menor sentido. Contudo, o mais interessante de todos esses casos é a força que as meninas dão umas às outras, mostrando que elas não estão sozinhas nem na hora de ser nerd e tampouco na hora de enfrentar o machismo e o preconceito.



Matéria completa: http://canaltech.com.br/noticia/comportamento/meninas-fas-de-star-wars-se-ajudam-entre-si-para-enfrentar-bullying-e-machismo-47899/#ixzz3jpsozPTP 


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