Beatriz Moura
Da reportagem
O cyberbullying é um tipo de violência praticada contra alguém através da internet e outras tecnologias. Na internet ou no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se espalham rapidamente e tornam essa prática ainda mais prejudicial.
O espaço virtual é ilimitado, o que torna o poder de agressão ainda maior e a vítima se sente acuada mesmo fora de um ambiente que seria mais propício para o bullying, como, por exemplo, as escolas. Muitas vezes as vitimas não sabem como e de quem se defender, essa prática pode ficar no anonimato, através de e-mails, mensagens de textos com conteúdos ofensivos e caluniosos, tornando as vítimas mais vulneráveis.
Em geral, o cyberbullying é praticado entre adolescente, vários casos vêm à tona em escolas públicas e privadas, com fotos íntimas que vazam e se espalham rapidamente por celulares e outros meios. Porém, essa prática tem se tornado frequente também entre adultos.
O lado da vítima
“Já sofri e sofro até hoje. Uso as redes sociais para publicar poesias, pensamentos e cartas. Sou amante da escrita, por conta disso, várias vezes sou atacado com palavras de baixo calão. Sou chamado de “viadinho”, “fresco”, “cafona”, “brega” e outros. Já pensei em parar de escrever, pois em um determinado tempo o bullying atingiu minha autoestima. Hoje não, sei e me vejo como um diferencial nesse mundo virtual.” Relata o universitário Hámilson Carf.
“Para muitos a solução desse problema ainda é uma realidade distante, existem delegacias especializadas em crimes virtuais, porém, em nosso estado lamentavelmente isso não funciona, a solução pessoal é bloquear a pessoa que pratica o bullying. Se for em outras redes sociais que não tem a opção de bloquear, a solução é ignorar e excluir os comentários maldosos, sem realizar a leitura dos mesmos.” Completa ele.
Possíveis soluções
Não há lei especifica em torno desse problema, porém, a Constituição Federal assegura a todos o direito à proteção dos direitos fundamentais, dentre eles: a dignidade da pessoa humana, da liberdade de expressão, inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas assegurando o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
No Amapá não há estatísticas sobre o tema, porém é um problema que sabemos que só vem aumentando por meio dos relatos de muitas pessoas que sofrem com essa prática. É nítida, também, a falta de palestras e projetos nas escolas relacionados ao cyberbullyng.
Nenhum comentário:
Postar um comentário