terça-feira, 21 de junho de 2011

Bullying: Mães preferem transferir filhos de escola para evitar agressões dentro da sala de aula

Casos aconteceram em Jacareí e em São José dos Campos

O Senado Federal aprovou recentemente um projeto de lei que obriga as escolas do país a discutir com os alunos as consequências do bullying e a buscar soluções. O assunto ainda vai ser analisado na Câmara. Trata-se de um problema que sempre fez parte da realidade dos estudantes...

Em Jacareí, um estudante do Parque Santo Antônio está sofrendo agressões. E ele não é o único, segundo as mães das crianças. “Todas as mães estão reclamando deste problema”, conta uma das mães. Elas contam que já procuraram a escola e, como nada foi feito, as mães têm ido para dentro da sala de aula.

Em São José dos Campos o caso é semelhante. O filho de Luciana de Ávila foi transferido de uma escola estadual. Nos últimos meses ele estava apanhando no intervalo de um grupo de alunos repetentes. “Eles diziam que se ele não entregasse o lanche, apanhava. E mesmo quando dava o lanche, acabava apanhando”, contou Luciana.

Entre crianças e jovens o bullying sempre existiu. Quem não conhece histórias e se lembra de ameaças, brigas, ofensas e apelidos maldosos? Só que está errado pensar que é “coisa de criança” ter comportamento desse tipo. Na verdade o bullying dentro e fora da escola é assunto sério.

Em uma escola municipal de São José o tema é debatido em conjunto. Professores, pais e os próprios estudantes tentam achar soluções: é a justiça restaurativa. “Não existe mais a punição. Eles, entre eles, conversam e refletem sobre as atitudes que tiveram e conseguem entrar num acordo”, explicou a diretora Adriana Da Silva. “É se colocar no lugar do outro. Porque antes eram crianças brigando na hora da saída, e hoje quase não tem”, garante a aluna Tainara Menezes.

Quando o bullyng é ainda mais grave, a orientação é que ele seja encaminhado para o conselho tutelar, que tenta resolver a situação acompanhando as vítimas e também os agressores. “O que é importante: ter monitores, o intervalo dos menores ser diferente do horário dos maiores, e trabalhar a auto-estima, fazer campanhas. Porque a pessoa que tem auto-confiança boa, raramente vai deixar alguém praticar bullying em cima dela”, explicou a psicóloga Fabiana Luckemeyer.

Fonte: V News

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