Estudante de 12 anos obesa foi xingada em Piracicaba (SP), diz mãe. Estado confirmou saída do profissional, mas negou relação com caso.
Do G1 Piracicaba e Região
O diretor da Escola Estadual Pedro de Mello, em Piracicaba (SP), foi afastado do cargo. Ele dirigia a instituição de ensino onde estuda a garota de 12 anos e com 148 quilos que foi xingada de "gorda" e "baleia", segundo a mãe da menina. Na ocasião, a vendedora Cláudia de Almeida Martins Rodrigues, de 42 anos, afirmou que a direção da escola tentou impedir que ela participasse da educação física. A Secretaria de Educação do Estado confirmou, nesta terça-feira (14), a saída do profissional do cargo.
“Eu estou muito feliz. Por causa do nervoso não conseguia mais trabalhar, comer e nem dormir direito. Fui muito humilhada, mas agora estou tranquila em saber que esse diretor não está mais na mesma escola da minha filha", afirmou.
A vendedora considera a saída do diretor uma vitória. Segundo ela, mesmo sem saber da saída dele no último dia (8) ela entregou um relatório sobre a conduta do diretor na instituição. “Eu não podia deixar quieto. Tudo o que eu fiz foi para proteger a minha filha. Se tivesse que começar tudo de novo por ela, eu começaria. Sem Dúvida.”
A Secretaria de Educação, por meio da assessoria de imprensa, informou que foi instaurado um inquérito para uma apuração preliminar sobre o caso e que durante as investigações foram detectados alguns problemas na gestão. A secretaria, no entanto, afirmou ainda que a decisão não teve relação com a denúncia da mãe da estudante.
Entenda o caso
Segundo Claudia, no início de agosto, adireção da escola onde a menina estuda sugeriu que a estudante fosse retirada do estabelecimento de ensino. A Secretaria Estadual da Educação exigiu um laudo médico sobre as condições de saúde da jovem, que também foi vítima de bullying praticado por alunos, de acordo com a vendedora.
Segundo Claudia, no início de agosto, adireção da escola onde a menina estuda sugeriu que a estudante fosse retirada do estabelecimento de ensino. A Secretaria Estadual da Educação exigiu um laudo médico sobre as condições de saúde da jovem, que também foi vítima de bullying praticado por alunos, de acordo com a vendedora.
A mãe levou à escola um laudo assinado por um profissional da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde a garota é acompanhada. No laudo, o médico escreveu que a "paciente não apresenta contraindicação para atividades escolares, mas tinha limitações temporárias para atividades físicas até o controle da pressão arterial".
No dia 29 de agosto, a Diretoria de Ensino dePiracicaba informou que iria apurar a denúncia da vendedora contra a direção da escola. O diretor negou as acusações. Aos pais da aluna e a representantes da Secretaria Estadual da Educação, ele afirmou que a preocupação era em relação às aulas de educação física, já que a jovem sofre de pressão alta e apresenta comportamento ofegante.
Uma segunda reunião foi realizada na diretoria e um novo laudo médico apresentado pela mãe da estudante a liberava para fazer exercícios de leve intensidade. O documento foi assinado por uma médica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde a garota faz acompanhamento de saúde.
Em 22 de setembro, a vendedora fez um boletim de ocorrência afirmando ter sido coagidapelo supervisor da unidade durante o depoimento sobre o caso na Diretoria de Ensino. De acordo com Claudia, ela foi chamada para depor sobre a denúncia de bullying que ela protocolou contra o diretor da escola conforme a orientação passada em ata de reunião feita na diretoria de ensino. A Secretaria de Educação também negou a coação.
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