sexta-feira, 5 de abril de 2013

Bulliyng: o terror das Escolas Públicas e Privadas

Bulliyng: o terror das Escolas Públicas e Privadas

Roberto Ramalho é Advogado, Jornalista e estudioso de assuntos políticos e educacionais

Segundo a Enciclopédia Wikipédia o Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo contra outros.

O Cientista Dan Olweus define Bulliyng como "o ato agressivo e intencional cometido repetidamente entre as partes onde há desequilíbrio de poder, onde o objetivo é gozar, humilhar, aterrorizar, é toda a violência, todo o tipo de agressão e condutas verbais, desde os simples insultos a fazer piadas e gozar, uso de alcunhas cruéis, ridicularizar, todo o tipo de maus-tratos psíquicos a que o jovem está sujeito durante o seu percurso escolar. Pode perpetuar-se através de ridicularizações, de alcunhas depreciativas, pressão social, sob a forma de obrigações constantes e contra a vontade das vítimas, impostas por um silêncio que atua como forma de evitar retaliações."

O Bulliyng pode ser caracterizado como uma situação presente no cotidiano escolar e que adoece nossos alunos, professores e a escola em seu âmbito geral uma vez que termina causando um trauma a todos.

O Bulliyng chega a ser uma prática muito comum entre os americanos. Além da definição dada pelo Wikipédia na verdade trata-se do ato que um indivíduo tem numa Universidade ou Escola Pública ou Privada de ficar xingando, maltratando ou humilhando outros estudantes em escolas e universidades.

De acordo com estudos empreendidos pelo EPAVE ? Escola Profissional do Alto Ave (epave.blogspot.com) de Portugal, o termo "Bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro (s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder.

Segundo ainda essa Escola o Bullying é perpetrado, habitualmente, por jovens que têm, por qualquer motivo, mais força ou poder do que a vítima. O Bullying implica maus-tratos continuados e repetidos e não deve ser confundido com a agressividade normal na infância e na adolescência e, obviamente implícita nas diferentes brincadeiras. Pode-se apontar como exemplos de Bullying: colocar apelidos injuriosos, ofender, gozar, humilhar, discriminar, excluir, perseguir, aterrorizar, agredir, estragar pertences, entre outros. Esta forma de violência passa, na maior parte das vezes, despercebida aos olhos dos pais, dos professores e da sociedade em geral.

O IBGE divulgou uma pesquisa nesta terça-feira, dia 15 de junho que aponta a cidade de Brasília como a capital do Bullying no Brasil. 
De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 35,6% dos estudantes entrevistados disseram serem vítimas constantes da agressão por parte de seus colegas de sala de aula.

Belo Horizonte ficou em segundo lugar com 35,3%, e Curitiba em terceiro, com 35,2 %.

O estudo realizado pelo órgão do governo federal entrevistou estudantes do 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas ou privadas das capitais dos estados e do Distrito Federal. 

Segundo o IBGE o cadastro de seleção da amostra foi constituído por 6.780 escolas.
Na pesquisa, foi perguntado aos estudantes de uma maneira geral com que freqüência algum dos colegas de escola teria esculachado, zoado ou caçoado nos últimos trinta dias outros alunos. 

Os números da pesquisa surpreenderam. 69,2% dos entrevistados disseram simplesmente não ter sofrido a prática de Bullying. 

O percentual dos que foram vítimas deste tipo de violência nas Escolas Públicas e Privadas, chegou no mínimo a 25,4% e aqueles que disseram ter sofrido Bullying na maior parte das vezes foi de apenas 5,4%.
Pela ordem entre as capitais com mais vítimas seguiram-se Vitória-ES, Porto Alegre-RS, João Pessoa-PB, São Paulo-SP, Campo Grande-MT e Goiânia-GO. 

As cidades de Teresina-PI e Rio Branco-AC estão empatadas na 10ª posição aparecendo São Paulo na 7ª posição no ranking.

Embora a pesquisa do IBGE esteja apontando uma queda na prática de Bullying no Brasil, ainda é necessário que as autoridades do Ministério da Educação e do Ministério da Justiça tomem providências para extirpar de vez essa forma de agressão.

Inclusive já está na hora também desse tipo de atitude nefasta, indecorosa, aviltante, agressiva e humilhante ter seu enquadramento no Código Penal Brasileiro. Só assim havendo uma penalidade para essa forma de delito com certeza a prática de Bullying iria diminuir a níveis baixíssimos ou até mesmo acabar dependendo da pena que fosse imposta ao infrator.

Autor: Roberto Jorge Ramalho Cavalcanti

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