O bullying é uma forma de violência que ocorre em diferentes contextos sociais, mas é especialmente traumático nas escolas japonesas
A tortura psicológica e física pode ter consequências fatais (Foto: Wikipedia)
Cinco meses depois do maremoto em Fukushima, que obrigou sua família a sair da cidade, um menino matriculou-se em uma escola em Yokohama. Seus novos colegas o receberam com agressões verbais e físicas. Eles o chamavam de “garoto germe” por causa da usina nuclear. Os colegas roubaram seus pertences, lhe deram socos e chutes e o empurraram na escada. Ele só tinha 8 anos.
O bullying continuou por quase três anos até os colegas exigirem dinheiro. Em 2014, disseram ao menino que lhes desse a indenização que sua família teria recebido após o maremoto. Seus pais não tinham recebido nada, mas os parentes haviam emprestado ¥1,5 milhões (US$13,000). Eles guardaram o dinheiro em casa, com medo de perderem de novo o acesso ao banco. O menino deu tudo que os pais tinham aos colegas e depois que o dinheiro acabou não foi mais à escola.
O garoto, hoje com 13 anos, é uma das centenas de crianças e jovens de Fukushima que sofreram agressões na escola. O bullying é uma forma de violência que acontece em escolas do mundo inteiro, mas no Japão tem uma intensidade especial. Em 1986, um garoto cometeu suicídio depois que seus colegas, incentivados pelo professor, lhe infligiram meses de tortura mental com um funeral simulado. Desde então, milhares de artigos e centenas de livros foram escritos sobre o assunto, mas sem sucesso. Segundo dados do governo, em 2015 nove alunos cometeram suicídio por causa de agressões físicas e verbais de seus colegas.
De acordo com Mitsuru Taki, do Ministério da Educação, o bullying em outros países envolve dois ou três alunos que escolhem uma vítima como alvo. No Japão, ao contrário, por causa de uma orientação pedagógica em que os alunos fazem atividades em grupo quase o tempo inteiro, uma grande parte da classe faz uma tortura psicológica e, às vezes física, em uma única vítima, com consequências traumáticas ou fatais.
Cinco meses depois do maremoto em Fukushima, que obrigou sua família a sair da cidade, um menino matriculou-se em uma escola em Yokohama. Seus novos colegas o receberam com agressões verbais e físicas. Eles o chamavam de “garoto germe” por causa da usina nuclear. Os colegas roubaram seus pertences, lhe deram socos e chutes e o empurraram na escada. Ele só tinha 8 anos.
O bullying continuou por quase três anos até os colegas exigirem dinheiro. Em 2014, disseram ao menino que lhes desse a indenização que sua família teria recebido após o maremoto. Seus pais não tinham recebido nada, mas os parentes haviam emprestado ¥1,5 milhões (US$13,000). Eles guardaram o dinheiro em casa, com medo de perderem de novo o acesso ao banco. O menino deu tudo que os pais tinham aos colegas e depois que o dinheiro acabou não foi mais à escola.
O garoto, hoje com 13 anos, é uma das centenas de crianças e jovens de Fukushima que sofreram agressões na escola. O bullying é uma forma de violência que acontece em escolas do mundo inteiro, mas no Japão tem uma intensidade especial. Em 1986, um garoto cometeu suicídio depois que seus colegas, incentivados pelo professor, lhe infligiram meses de tortura mental com um funeral simulado. Desde então, milhares de artigos e centenas de livros foram escritos sobre o assunto, mas sem sucesso. Segundo dados do governo, em 2015 nove alunos cometeram suicídio por causa de agressões físicas e verbais de seus colegas.
De acordo com Mitsuru Taki, do Ministério da Educação, o bullying em outros países envolve dois ou três alunos que escolhem uma vítima como alvo. No Japão, ao contrário, por causa de uma orientação pedagógica em que os alunos fazem atividades em grupo quase o tempo inteiro, uma grande parte da classe faz uma tortura psicológica e, às vezes física, em uma única vítima, com consequências traumáticas ou fatais.
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