sábado, 12 de novembro de 2011

Suposto "bullying" pode levar colégio CIN à Justiça

  • Professora de História ofendeu aluno em classe e teve ofensas gravadas em aparelho celular  


  • Fachada do Colégio Isaac Newton, em Cuiabá: agressão verbal e gravação em celular
    DA REDAÇÃO


    Um caso envolvendo suposto "bullying" pode levar aos tribunais uma das escolas mais tradicionais de Cuiabá, o Colégio Isaac Newton. Um aluno de 15 anos diz ter sido vítima de agressões por parte de uma professora, durante aula. Ele gravou o áudio, em seu celular, onde a professora o insulta.

    Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. 

    Tudo começou há duas semanas, quando o aluno foi repreendido por estar com um aparelho de celular na mão. A professora K.O., ao tentar lhe tomar o aparelho, acabou derrubando o mesmo no chão.

    Segundo testemunhas, a professora o expulsou da sala em meio a ofensas. Como os pais foram reclamar da postura da professora, na última-quarta feira (09) houve outra cena, mais grave.

    "Ela (a professora) ofendeu o aluno novamente. Falando para toda a classe, no microfone, sem citar nomes, mas olhando sempre para ele, a professora o xingou, disse que ele não tinha caráter. Disse também que ele devia ser homem para resolver o problema sozinho, e não fazer fuxico para os pais", diz uma testemunha.

    A professora teria dito ainda que, quem não quer estudar, que devia procurar uma escola pública, já que existem vagas e cotas na UFMT, por exemplo. Ao final do "discurso", e após o término da aula, a professora foi em direção ao aluno, meio que querendo tirar satisfação. Toda a fala da professora foi gravada pelo aluno.

    Apuração
    A professora Yvone Guinami, diretora do CIN, admitiu ao MidiaNews a ocorrência do problema. "Estamos em fase de apuração dos fatos. Iremos ouvir a professora, o aluno, testemunhas e o coordenador. Iremos ouvir a gravação com a professora e apurar os fatos. Em seguida, iremos tomar as medidas cabíveis, com muita justiça", disse.

    A diretora não soube dizer quanto tempo esse procedimento levará. "Não tenho como dizer isso agora", afirmou. Ela não descartou uma eventual demissão da professora de História.

    À reportagem, ela admitiu que já ouviu a gravação, mas não quis falar nada a respeito. Questionada se considera a situação grave, ela apenas disse: "Não tenho como me posicionar neste momento. Quero ouvir todo mundo".

    O pai do aluno afirmou que aguarda um posicionamento efetivo da direção do colégio e que irá se reunir com seu advogado para analisar a eventualidade de acionar o CIN judicialmente.

    "Profissionais competentes"
    No site do colégio, seu diretor superintendente, Francisco Carlos de Oliveira, afirma, em mensagem institucional, que "a formação integral exige trabalhar o ser humano como um todo, abrangendo fundamentalmente os aspectos: intelectivo, físico, psico-emocional-comportamental e filosófico-social".

    "Na prática, a proposta do CIN exige uma escola altamente especializada, através de departamentos multidisciplinares, além de uma equipe de profissionais competente, com elevado grau de capacitação e comprometimento. O Colégio Isaac Newton está preparado para, juntamente com a participação efetiva da família, cumprir a sua missão: formação integral dos alunos, preparando-os para a vida", conclui a mensagem.

    CIN emite nota (atualizado às 21h46)
    A direção do Colégio Isaac Newton emitiu, no início da noite de hoje (11), uma nota oficial sobre o episódio envolvendo a suposta prática de bullying entre uma professoara de História e um aluno de 15 anos.

    Confira a nota:"O Colégio Isaac Newton (CIN) vem a público esclarecer que abriu um procedimento administrativo para apurar denúncia de que um aluno teria sido insultado dentro da instituição por parte de um de seus docentes.

    A direção da escola, no entanto, faz questão de deixar claro que sempre primou pela ordem e respeito entre professores, alunos e demais funcionários. E que está dando ao professor em questão todo o direito de se defender da acusação.

    A direção da escola já se reuniu com os pais do estudante, que se sentiram satisfeitos com os encaminhamentos, e está à disposição para quaisquer esclarecimentos."


    Fonte: Mídia News

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