sábado, 4 de março de 2017

O Bullying, nas nossas vidas

DIÁRIO ON-LINE

José Manuel de Sousa-Rico * 

Hoje em dia, qualquer pessoa, jovem ou adulto já experimentou de forma consciente ou sublimada, a desagradável situação de abusos às mãos de um psicopata, indistintamente de cor ou de sexo. Nalgumas pessoas, durante anos, e noutras, durante toda a sua vida.
As sequelas deixadas por uma situação conflituosa entre parceiros conjugais, amigos ou colegas (ainda que deixassem de conviver), o vexado (a vítima) continuará a sofrer, apesar de o agressor já ter saído da sua vida. Como causa imediata, a vítima sofre efeitos de mudança de personalidade, sentindo que deixou de ser quem era.
Várias alterações se operaram nesse entretanto, revelando-se de entre elas um sentimento crónico de nervosismo e ansiedade, e como causa directa, experimenta uma situação de vazio que conduz à depressão. Nestas situações, acontece o recurso de tomas de antidepressivos que levam até ao consumo de drogas autorizadas, e de outras substâncias alucinogénicas, e ao álcool. Como desfecho preocupante, nesses câmbios de personalidade desequilibrada, existe uma tendência do indivíduo (vítima) isolar-se, ao sentir-se excluído da sociedade.
As sevícias impostas pelo psicopata vêm sob uma capa de encantamento  da sua dupla personalidade de mil rostos, provocadas por uma pessoa que contém um carácter de doçura aparente (de alguém que não faz mal a uma mosca) capazes de parecerem possuir uma capacidade de desculpa acima da média, para todos os erros que a vítima pudesse incorporar.  Estas são as vítimas (alvos) ideais para um psicopata se utilizar perante terceiros e desenvolver (inocular) os seus instintos com o duplo fim de obter os desejos a que se tinha proposto, no intuito de resolver causas pessoais (problemas) perante a opinião pública (vizinhos ou colegas de trabalho) da mais indistinta índole, que pudesse afectar a vida pessoal do psicopata.
Um relacionamento com uma pessoa psicopática (que se esconde muito bem, de forma camaleónica) pode ser considerado uma outra forma de assassínio sublimadamente silencioso.  O “modus operandi” do psicopata é um clássico, mas que infelizmente a maioria das vítimas desconhece; caluniar, maltratar, perseguir, castigar, diminuir (apoucar) ou acusar a vítima de forma sistemática e continuada, reduzindo-a. O móbil procurado pelo psicopata é retirar à vítima a autoestima, e quaisquer níveis de felicidade, infligindo-lhe maus-tratos psicológicos quase irreparáveis para o resto da sua vida.
O processo de assédio persecutório do psicopata contra a vítima passa por diversas fases acusatórias; “críticas ao seu aspecto físico, críticas às suas convicções, críticas e acusações por ter ciúmes ou ser possessivo, críticas e acusações a respeito das emoções, críticas e acusações sistemáticas a tudo aquilo que faz ou a todas as decisões, críticas ao seu estado mental, críticas ao seu estado emocional. Nestas circunstâncias de diabolização, a vítima coabitando com o psicopata não tem possibilidades de escapar ao assédio da influência imposta na sua actuação.
Então, resumindo e abreviando, sugerimos, informando de uma forma de conseguir a possibilidade de como fugir a um psicopata; podendo encontrar algumas respostas práticas e adequadas a alguns casos das nossas vidas, na obra recentemente publicada de Iñaki Piñuel, “AMOR ZERO”, editada pela Esfera dos Livros.
Historiador-investigador da FLUC

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