quarta-feira, 29 de março de 2017

'Sofri bullying', diz jovem que tentou barrar comercial de presunto em MG

Valdivan VelosoDo G1 Grande Minas

Estudante entrou na Justiça para tirar comercial do 'Luiz Augusto' do ar.
TJ negou pedido liminar; processo por danos morais continua, diz advogada


“Sofri bullying. Eram muitas brincadeiras pejorativas”, diz estudante que entrou na Justiça para retirar a propaganda do presunto “Luiz Augusto” do ar. Mineiro de Janaúba, Luiz Augusto, de 22 anos, conta que era ofendido porque a peça publicitária fazia referência a um presunto de baixa qualidade.  

“Decidi entrar com um processo, pois me prejudicava muito. Quando o comercial começou a ser veiculado, era bastante complicado. Tinham muitas brincadeiras ofensivas no ônibus, quando eu ia para a faculdade; e também em grupos de Wahtsapp e Facebook. Anexei prints destas ofensas no processo, iniciado em 2016”, explica o estudante.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou o pedido de liminar feito pelo estudante norte-mineiro. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (27). Segundo o TJMG, “o relator, desembargador José Flávio de Almeida, entendeu que o consumidor trouxe ao processo provas bastantes de que sofreu bullying. Porém, o magistrado concluiu que o comercial era insuficiente para associar o nome Luiz Augusto a um produto de baixa qualidade”.

No processo, o estudante disse que as brincadeiras o apelidavam de "presunto de segunda" e isso acarretou danos à sua honra. “Agora, com esta negativa de retirar o comercial do ar, vou tentando levar minha vida. Tentar leva-la normalmente”, lamenta o estudante.

A advogada do estudante, Kelly Ferreira Queiroz, informou ao G1 que ainda será julgado o processo por danos morais referente ao mesmo caso. “Ainda aguardamos o julgamento em primeira instância deste processo”, explicou a advogada.

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