quarta-feira, 15 de março de 2017

Não, os níveis e qualidades da crueldade não aumentaram de ontem para hoje, de um século para o outro.

CM Por Francisco José Viegas

Não, os níveis e qualidades da crueldade não aumentaram de ontem para hoje, de um século para o outro. Mas estamos mais atentos, somos mais sensíveis e temos uma maior capacidade para nos colocarmos no ‘lugar do outro’. A mim impressionam-me particularmente os crimes contra crianças e contra velhos. Crueldade contra velhos (aquilo que a ‘linguagem correta’ chama ‘idosos’) deixa-me malvado e vingativo. Abuso sexual de crianças e crimes de bullying transformam-me num celerado em potência. E compreendo o desejo de reparação contra os criminosos (infelizmente, como lembrava Carl Sagan em ‘O Mundo Assombrado pelos Demónios’, muitas acusações de abuso sexual são fantasiosas). Mas o bullying escolar é uma prova da crueldade que desmente a origem ‘bondosa’ do género humano – e leva-me a pedir o envio de tropas de choque para as escolas e a detenção, por tempo indefinido, de adolescentes imbecis em campos de trabalho forçado. É uma figura de estilo. Só para dizer que enquanto os psicólogos tentam compreender as motivações dos carrascos, as vítimas sofrem em silêncio. 

Citação do dia "Demissões na CGD não comovem indignados da maioria parlamentar",  Luciano Amaral ontem, no CM 

Sugestão do dia - CONRAD, SEMPRE A Relógio d’Água publica num só volume quatro livros de Joseph Conrad: ‘O Negro do Narciso’, ‘Coração nas Trevas’, ‘No Extremo Limite’, ‘O Companheiro Secreto’ e ‘Linha de Sombra’.

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