quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Aluna ganha indenização por bullying após brigar na escola Carmela Dutra

Uma aluna do sexto ano do ensino fundamental da Escola Estadual de Educação Carmela Dutra em Porto Velho ganhou processo na justiça e indenização após ter sido agredida dentro da escola onde estudava.
 
A briga ocorreu em março de 2011. De acordo com testemunhas, no momento da confusão não havia nenhum funcionário para resolver o problema. Um pipoqueiro que trabalhava dentro da escola ajudou a vítima.
 
Para os pais da adolescente agredida, a briga ficou configurada como bulliyng; ou seja, violência física ou psicológica, repetida contra alguém, e pediram indenização na Justiça ao estado, por sua vez o estado recorreu, alegando que os pais são os responsáveis pelos atos ilícitos dos filhos. O relator do processo, desembargador Renato Mimessi, disse que os atos ilícitos podem ocorrer em qualquer lugar, mas que o estado, neste caso, era o responsável pela segurança da estudante, já que a agressão ocorreu dentro de uma escola pública.
 
"Não foi uma agressão de certa maneira continuada e se o pipoqueiro não estivesse na escola, certamente o resultado teria sido pior", afirma Renato Mimessi, juiz relator do processo.
 
A diretoria do Instituto Estadual de Educação Carmela Dutra admitiu que enfrenta problemas com a falta de servidores. Câmeras de segurança foram instaladas após o episódio da briga para monitorar os 1,8 mil alunos nos três turnos. De acordo com a escola, a aluna agressora tinha antecedentes, mas pelo regimento interno não poderia ser expulsa.
 
"Ficou caracterizada a omissão do estado de não ter ali uma pessoa que pudesse dar o socorro que a pessoa merecia e embora, irregularmente, o pipoqueiro estivesse dentro da escola, a presença dele acabou se mostrando ali, naquele instante, boa", disse Renato Mimessi.
 
A sub-gerente de formação e tecnologia da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Zuleide Faria, disse que a escola tem autonomia para definir as ações de controle dos alunos, mas que os pais devem ajudar na educação dos filhos. "A gente está vendo que a violência está no mundo, no lar, nas escolas, na sociedade. Os nossos regimentos não têm verdadeiramente assegurado o que deveria para poder ajudar a escola numa situação como aconteceu no Carmela", explicou Zuleide Faria.
Após a briga, as duas alunas envolvidas no caso mudaram de escola.
 
Fonte: Rondonoticias

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