domingo, 1 de novembro de 2015

Braga é anti-bullying

autor

Manuel Barros

Correio do Minho

No dia Internacional de combate ao Bullying, comemorado no passado 20 de outubro, a cidade de Braga foi palco de um conjunto de eventos, que marcaram simbolicamente a tomada de posse dos órgãos sociais de uma Associação Juvenil Anti - Bullying com Crianças e Jovens. Uma “brigada da boa vontade”, com a ambição de se tornar numa referência, na redução do bullying em idade escolar, na sensibilização para um flagelo social, de que toda a gente fala, mas poucos sabem identificar, prevenir, combater e, sobretudo, consciencializar para o problema., de que testemunhamos a tomada posse dos seus corpos sociais, a quem desejamos muito sucesso no combate que vão assumir.


Sinal de vitalidade social, dado pelo associativismo juvenil, enquanto agente estruturante dos dinamismos sociais do processo educativo na sua dimensão não formal. Potenciando o diálogo interpares com base na participação ativa dos jovens, através da organização de um leque diversificado de atividades. Desenvolvendo atitudes proativas com base na disponibilização de meios de acompanhamento e valências de apoio, prestado pelo gabinete de respostas transversais, do espaço formativo, ocupacional e lúdico, de integração social e de apoio ao associado. 


Um grito de cidadania, determinado em contribuir na construção de uma sociedade mais solidária, assente nos valores da tolerância, da convivência, do diálogo e do respeito pela realização pessoal e social de todos os cidadãos, de forma igualitária, independentemente da sua condição social. O associativismo jovem é, neste contexto, uma dinâmica social cada vez mais valorizada, nas suas mais diversas áreas de intervenção. 


Pilar estruturante na sociedade portuguesa, como escola de cidadania, de voluntariado, de inovação social, de criatividade, de cultura, de empreendedorismo e, um elo de coesão geracional, catalisando vontades de grande valor societal. Um espaço promotor do desenvolvimento e partilha de ideias, de conhecimento, de projetos, de parcerias, introduzindo uma conceção diferenciadora, de jovens empreendedores | produtores de serviços para os seus pares.
Neste sentido, promover o associativismo jovem, significa: dignificar a sua experiência, potenciar a sua versatilidade; rendibilizar a sua proximidade como espaço de reflexão e debate; incentivar a participação livre e organizada na procura constante de soluções e respostas para os problemas dos jovens, das comunidades locais e do sistema educativo. 


Reforçado, neste contexto, com o apoio do Instituto Português do Deporto e da Juventude, enquanto catalisador de sinergias e facilitador, através do desenvolvimento de mecanismos de apoio, potenciando o seu capital de experiência. Um espaço de dinâmicas associativas, onde podem promover a reflexão, o desenvolvimento de projetos, de parcerias, de iniciativas conjunta, da promoção do desenvolvimento social. Instância de educação não formal, onde se promove e valoriza a diversidade e o respeito pelos outros. Um meio eficaz para as apoiar jovens que sofrem discriminações, porque são considerados diferentes. Sejam quais forem as diferenças, todos têm os mesmos direitos, como cidadãos de corpo inteiro, no processo de afirmação da sua autonomia

Uma postura inovadora, em relação ao posicionamento tradicional. Uma cultura diferenciadora, um processo que anuncia novos serviços, focalizados na satisfação das novas necessidades, decorrentes do processo de inovação social que estamos a viver. Nas novas formas de aprendizagem e à produção de conhecimento útil produzido pelo associativismo Jovem, cada vez mais articulados e em cooperação com as políticas municipais de desporto e juventude, como estamos a fazer acontecer em Braga e em toda a Região Norte.


Um esforço que deverá implicar uma nova coordenação e coesão territorial, desenvolver sinergias e novos serviços promotores de coesão social criando condições potenciadoras, de uma sólida coesão geracional e de dignidade para todos. Hoje, com particular enfoque, na ação anti-bullying, uma luta de todos e por todos, contra esta tragédia que de forma mais velada ou explícita, assola as escolas e a sociabilidade das nossas crianças e dos nossos jovens.


Uma palavra final, para o Prof. Paulo Costa, pelo arrojo da iniciativa pelos resultados da sua investigação científica, e a forma feliz como está a transferir o conhecimento para o seio das escolas. Para os jovens que se envolveram de forma abnegada, na constituição desta associação, e em todas as suas atividades de suporte. Para os pais que dedicaram parte do seu tempo a esta causa que é de todos. Para o Município de Braga, na pessoa da Sra. Vereadora do Desporto e Juventude, Profa. Sameiro Araújo, que em boa hora incentivou e apoiou a formalização desta associação Juvenil. 

Para o gabinete de associativismo do IPDJ, que de forma diligente, no seio das suas dinâmicas de proximidade, acolheu este projeto, apoiou e vai proceder à sua integração, no RNAJ - Registo Nacional de Associativismo Jovem.

Um exemplo, que merecia ser replicado em todo o território nacional. Um sonho que se materializou nesta associação juvenil, através de um laborioso processo de cooperação institucional, que envolveu um vasto leque de organizações públicas e privadas, que prossegue uma estratégia de sustentabilidade, com base no apoio financeiro e na rentabilização dos serviços que se propõe prestar aos jovens e às famílias. “Braga é Anti-Bullying! a nossa ajuda faz a diferença, vamos ajudar a ajudar…”

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