sexta-feira, 8 de julho de 2016

Infanto-juvenil ‘Filhote de Cruz-credo – A Triste História Alegre de Meus Apelidos’ chega ao palco do Oi Futuro

SOPA CULTURAL
Divulgação
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Baseado na obra homônima de Fabrício Carpinejar, espetáculo trata do bullying entre crianças de forma delicada. Com direção de Isaac Bernat, montagem reúne os atores Eduardo Katz, Priscila Assum e João Lucas Romero.
O jornalista e escritor Fabrício Carpinejar sofreu um bocado na infância ao receber de seus amigos uma série de apelidos nada lisonjeiros. Essa angustiante época de sua vida o motivou a escrever o livro Filhote de Cruz-credo – A Triste História Alegre de Meus Apelidos, que trata do tema do bullying infantil de maneira delicada e, ao mesmo tempo, contundente. A história cativou o produtor e ator Eduardo Katz na primeira leitura e o levou a adaptar a história para o teatro no espetáculo homônimo, que chega aos palcos do Oi Futuro Flamengo no dia 10 de julho. Com direção de Isaac Bernat, a montagem infanto-juvenil reúne o próprio Katz, na pele do protagonista Fabrício, e os atores Priscila Assum e João Lucas Romero.. O projeto tem patrocínio da Oi e co-realização do Oi Futuro.
A história se passa nos anos 70, quando o pequeno Fabrício sabe que tem algo de errado com sua aparência física, o que lhe rende apelidos como ‘Cara de Morcego’, ‘Cabeção’, ‘Monstro’ e ‘Filhote de Cruz-credo’. Ao lado da mãe e do irmão Rodrigo, ele vai ter que lidar com a implicância dos amigos, aprender como enfrentar o bullying diário e conquistar certa menina do colégio. “Descobri este livro num dia em que estava meio triste e devorei ali, na livraria mesmo. Já estava procurando algo para montar como produtor e a história me encantou na hora pela ambiguidade do título: ali conviviam uma certa melancolia e irreverência ao mesmo tempo”, lembra Eduardo Katz. “É também uma história de construção de autoestima e descoberta do senso de humor. Ou seja, de aprender a aceitar e até achar graça das nossas feiuras e imperfeições”.
Com grande experiência no teatro feito para crianças, o premiado diretor Isaac Bernat trouxe sua equipe criativa para o espetáculo e colocou o foco no trabalho do trio de atores. Priscila e João dão vida a vários personagens, enquanto Eduardo vive o angustiado Fabrício. “Eu tenho um mestre, o griot africano Sotigui Kouyaté, que diz que ‘ninguém pode te dar o que já não está em você’. Eu acho que a peça fala um pouco disso: da importância de acreditar na sua força, no seu caminho, de encontrar a sua turma apesar das adversidades”, comenta Bernat.
A atriz Priscila Assum faz a sua estreia no teatro voltado para crianças, depois de uma bem-sucedida experiência como a Bel da série de TV infantil ‘Detetives do prédio azul’ (Canal Gloob). “Estava mais de dedicada à TV e ao cinema, mas deu uma vontade de voltar ao teatro e participar de um espetáculo que o meu filho Antônio, de 4 anos, pudesse me assistir”, conta. “O texto mostra que a vida nem sempre acolhe a gente, e a importância de saber lidar com isso: com os apelidos que recebemos e não gostamos ou quando algo em nosso corpo não nos agrada, por exemplo. Saber que a gente é capaz de dar a volta por cima!”. Completando 10 anos de carreira, o ator João Lucas Romero lembra o bullying que sofreu na infância por ser tímido e dos inúmeros apelidos que recebeu na escola. “A peça fala daquele momento da vida em que você quer ser aceito pelos amigos e encontra dificuldades no caminho”, acrescenta ele que, recentemente, esteve em cartaz no premiado espetáculo ‘Bisa Bia, Bisa Bel’.
Os três atores vão cantar em cena músicas da carreira de Erasmo Carlos. A trilha sonora é exclusivamente costurada por canções do repertório do Tremendão, reunindo as mais famosas como ‘Festa de Arromba’. ‘Vem quente que eu estou fervendo’, ‘O caderninho’ e ‘É preciso saber viver’, e outras menos conhecidas como ‘Caramelo’, ‘No tempo da vovó’ e ‘Sentimento exposto’.
Também fazem parte da equipe os experientes Doris Rollemberg (cenário), Desirée Bastos (figurino), Mona Magalhães (caracterização), Charles Kahn (direção musical), Michel Robim (diretor de movimento), Aurélio de Simoni (iluminador) e Jenny Mezencio (diretora de produção).
Diretor:
Isaac Bernat – É ator, diretor e professor de teatro na Faculdade CAL. Doutor em Teatro pela UNIRIO, Isaac fez tese de doutorado sobre o griot africano e ator do grupo de Peter Brook, Sotigui Kouyaté, que deu origem ao livro “Encontros com o griot Sotigui Kouyaté”. Ficou três anos em cartaz como ator da peça “Incêndios”, estrelada por Marieta Severo, com direção de Aderbal Freire Filho. Entre as peças que dirigiu destacam-se: “Por Amor ao Mundo, um Encontro com Hanna Arendt”, “Deixa Clarear”, “Desalinho”, “Lili – Uma história de circo”; “Calango Deu – Os Causos de Dona Zaninha”; “Querida Helena Sergueievna”; “O Diário de Anne Frank” e “Sherazade”.  Fez inúmeros trabalhos como ator em cinema e televisão. Indicações a prêmios: Mambembe Infantil como ator (1986,1994 e 1997); APTR e Aplauso (2014) como ator coadjuvante por “Incêndios”; FITA (2014) de melhor direção por “Calango Deu”. Premiações: Coca-Cola (1995) de melhor ator por “As Aventuras de Pedro Malazartes”; Botequim Cultural (2014) de melhor ator e Aplauso (2014) de melhor elenco por “Incêndios”; Zilka Salaberry (2014) de melhor direção por “Lili – Uma história de circo”.
Elenco:
Priscila Assum – Atriz com experiência em teatro, cinema e TV. Bacharel em Interpretação Teatral pela Uni-Rio, com Pós-Graduação em Pedagogia do Ensino pela Cândido Mendes. Premiada nos principais festivais do Brasil por sua atuação no longa “Como Nascem os Anjos”, de Murilo Salles. Está no elenco dos filmes “Os Homens São de Marte, é pra Lá que eu Vou”, “Mato Sem Cachorro” e “Rio, Eu te Amo”. No teatro, trabalhou com nomes como Gianfrancesco Guarnieri, Roberto Bomtempo e com diretores contemporâneos como Mario Bortolotto e Ernesto Piccolo. Em TV, protagonizou em 2014 a série “As Canalhas” com direção geral de Ana Muylaert, exibida pelo GNT. Fez parte do elenco da série infantil “Detetives do Prédio Azul” (Canal Gloob), vencedora do prêmio Monet de melhor programa infantil (2012/2013).
Eduardo Katz – Formou-se como ator (2005) e Mestre (2009) na Uni-Rio, com uma pesquisa sobre o ator Pedro Cardoso. Atuou nos espetáculos “O Mistério do Barbeiro” (infanto-juvenil com temática científica, em cartaz de 2002 a 2003 no Museu da Vida da Fiocruz), “O Despertar da Primavera” (dir. de Michel Bercovitch – 2001), “O Mambembe” (dir. de Amir Haddad – 2004), entre outros. Atuou também nos longas “Giovanni Improtta” (de José Wilker – 2013), “O Veneno da Madrugada” (de Ruy Guerra – 2006) e no premiado curta “O Retrato do Artista” (de Hugo Moss – 2005). Protagonizou comerciais e fez diversas participações em televisão, com mais destaque no programa “Adorável Psicose”, como o Zingo, no canal Multishow (2011 a 2013). Em 2008, lançou, como coeditor, o livro “A nobre arte do palhaço”, de Marcio Libar.
João Lucas Romero – Ator formado na Faculdade Univercidade, iniciando a sua carreira em 2005 no “O Tablado”. Dentre seus últimos trabalhos destacam-se as peças: “A Lenda do Vale da Lua”, texto e direção de João das Neves (2016); “Como a Gente Gosta”, comédia de William Shakespeare, direção de Vinícius Coimbra, com Pedro Paulo Rangel (2015); “Bisa Bia, Bisa Bel”, adaptação e direção de Joana Lebreiro, do livro de Ana Maria Machado (espetáculo vencedor dos prêmios CBTIJ e Zilka Sallaberry de teatro infantil, nas categorias de melhor espetáculo, direção, elenco, texto e música – 2014); “Festa de Família”, com direção de Bruce Gomlevsky (2014); “Two Roses for Richard III”, no Word Shakespeare Festival 2012, em Londres; e “Deus é Química”, de Fernanda Torres com a direção de Hamilton Vaz Pereira (2009).
Ficha Técnica:Texto: Fabrício Carpinejar
Idealização e adaptação: Eduardo Katz
Direção: Isaac Bernat
Assistente de direção: Kika Werner
Elenco: Eduardo Katz, Priscila Assum e João Lucas Romero.
Cenário: Doris Rollemberg
Figurino: Desirée Bastos
Caracterização: Mona Magalhães
Direção musical: Charles Kahn
Diretora de Movimento: Michel Robim
Iluminação: Aurélio de Simoni
Direção de Produção: Jenny Mezencio
SERVIÇO:
Filhote de Cruz-credo – A Triste História Alegre de Meus ApelidosLocal: Oi Futuro (R. Dois de Dezembro, 63 – Flamengo)
Telefone: (21) 3131-3060Dias e horários: sábado e domingo, às 16h
Preço: R$10 (meia) e R$20 (inteira)
Lotação do teatro: 63 lugares
Duração: 1 hora
Classificação indicativa: livre
Funcionamento da bilheteria: De terça a domingo, das 14h às 20h.
Ingressos à venda: www.ingresso.comTemporada: de 10 de julho a 25 de setembro

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