quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Travestis fazem relatos de violência física e bullying nas escolas


  • Yala Sena
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Representantes do Fundo Brasil, entidade que financia grupo de Direitos Humanos, estão em Teresina e ouviram relatos de travestis sobre violência no Estado, em reunião no Centro de Referência LGBT, no centro da cidade. As travestis informaram que são vitimas de violência física, institucional e de preconceito. Outra reclamação de categoria é sobre a falta de mercado de trabalho para travestis e que muitas estão saindo da escola por enfrentarem bullying de alunos e professores.
A coordenadora da área de projetos, do Fundo Brasil Tarciana Gouveia, esteve conversando com representantes do grupo piauiense de transsexuais e travestis que está realizado o projeto Transformação.

No encontro, a travesti Mauriele Azevedo, 32 anos, informou que teve que sair da escola Lélia Avelino, no bairro Vila Operária por sofrer bullying por um ano. “A direção da escola não aceitava a minha condição de travesti e no dia a dia tinha dificuldade de ir até no banheiro e sofria bulling constante”. Ela contou que mudou para o colégio Elvídio Nunes, para concluir o ensino médio.
Para a coordenadora Tarciana é um absurdo e uma violação de direitos profunda e grave. 
A travesti Dérica Sousa Aguiar, 43 anos, também informou que desistiu de concluir o ensino médio devido a provocações na escola. “Sonhava em ter uma formação, mas agora não quero mais estudar. Minha feiura incomodou muito”, declarou.
A coordenadora ouviu relatos de que o mercado de trabalho é fechado para o público travesti e que mesmo algumas travestis com formação em universidade não estão conseguindo emprego.
Segundo Maria Laura, do grupo piauiense de transsesxuais e travestis, a maioria só consegue emprego em salão de beleza.
Tarciana Gouveia disse que o que chama a atenção eá violência física e institucional imbuída de preconceito. Ela disse que veio ao Estado tanto visitar o projeto transformação como o protejo da Universidade Federal do Piauí- UFPI, Coletivo Atonia Flor, que trabalha pelos Direitos Humanos e pelos direitos dos moradores que estão sendo afetados com as obras da  Transnordestina no Estado.
“O programa está funcionando ajudando as travestis no Estado, capacitando as travestis”, informou a coordenadora. 
Joseane Borges, coordenadora do Grupo de Enfrentamento à Homofobia da Sasc e coordenadora do projeto Transformação, disse que a iniciativa já está atendendo há um ano em torno de 30 pessoas. Ela contou que já há um avanço na área da segurança pública, justiça e assistência social e que a prioridade agora será na educação. 
“Queremos sensibilizar as escolas, alunos e professores para que respeitem as travestis na sua questão de gênero e viabilizem banheiros em respeito ao nome social”, destacou Joseane.
Flash de Yala Sena
Lyza Freitas, da Redação
redacao@cidadeverde.com

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