Líder do Team Alpha Male fala sobre relacionamento conturbado com ex-treinador e relembra situações em que ficou perplexo com comportamento do americano
Por Combate.comLas Vegas, EUA
Urijah Faber soltou o verbo e acusou ex-treinador de seu time de ser racista (Foto: Evelyn Rodrigues)
Desde que Duane Ludwig deixou o posto de treinador principal do Team Alpha Male para abrir a sua própria academia em Denver, no Colorado, a troca de farpas entre ele o líder da equipe, Urijah Faber, tem sido constante em entrevistas e até pelas redes sociais. Na semana passada, Ludwig fez algumas denúncias de exploração financeira por parte de Faber ao site da Fox Sports americana. Nesta segunda-feira, foi a vez do "Califórnia Kid" responder às declarações e de fazer uma série de acusações, durante o programa "MMA Hour".
Em sua longa participação, Faber detalhou situações vividas nos últimos anos, afirmando que Ludwig é instável emocionalmente e costuma fazer bullying com as pessoas, além de se recusar a dar aula a mulheres e de ser racista:
- Primeiro de tudo, Duane se recusa a trabalhar com qualquer atleta do sexo feminino. Ele disse: "Eu só queria dizer que não apoio o MMA feminino. Eu não vou trabalhar com ninguém, não vou treinar a Paige (VanZant), a Nick ou a Veronica. Eu não acredito nisso". Esse foi um problema. O segundo problema foi que ele estava dizendo coisas racistas. E essas coisas não são piadas só porque você ri delas, especialmente se elas machucam as pessoas. E dois caras negros, que faziam parte do nosso time, me chamaram e disseram: "Está ficando muito desconfortável. É até engraçado quando ele diz uma vez: 'Todos os caras negros para o final da fila', mas ele tem dito isso todo dia". E aí outro cara me disse: "Toda vez que estou falando com uma garota na academia, Duane grita lá do outro lado: 'Ei, seu mais ou menos, todos os caras negros têm que ficar pelo menos 8 metros de distância das mulheres'. Eu entendo, ele acha que é engraçado, mas ele fica fazendo isso toda hora e está realmente me irritando".
Ludwig em um dos treinos do Team Alpha Male. Segundo Faber, treinador se recusa a dar aula a atletas do sexo feminino (Foto: Evelyn Rodrigues)
O ex-campeão do WEC afirma que tentou falar com o treinador sobre o seu comportamento, mas que Duane continuava causando problemas:
- Eu conversei com ele sobre isso, tive que falar com ele sobre as garotas e também para ele parar de subestimar as pessoas. Uma menina do Alaska me disse que o Duane falava sempre quando a via treinar: "Você é muito ruim e deveria desistir". Ela me disse que ele começava a rir, como se estivesse brincando, mas que ela sabia que ele estava falando sério. Ela não era a melhor menina do time e ele era malvado nesse sentido, então eu precisei falar com ele sobre isso.
Faber também declarou que Ludwig não é confiável quando o assunto é dinheiro, além de ser ganancioso. Segundo ele, Duane tentou renegociar seu salário por diversas vezes, e, mesmo depois de começar a receber pela função de treinador principal do time, cobrava quando dava aula particular para algum atleta em camp de treinamento.
- Ele começou a receber e aí começou a cobrar todo mundo para aulas particulares. E chegou a um ponto em que o TJ Dillashaw disse: "Eu não sei o que fazer. Duane está me tirando tudo. Eu estou fazendo os vídeos para ele depois das aulas, faço isso e aquilo e ele ainda está me cobrando pelas aulas. Eu preciso falar com ele". (...) Tempos depois, na primeira luta que ele entrou no meu córner, eu tenho um sócio, o Scott, que é o dono da Torque e mora no Texas e o Duane queria usar a sua própria camiseta no meu córner, mas ela tinha uma marca concorrente. Eu pedi para ele falar com o meu sócio muito antes do combate, para o meu sócio liberar e não ficar irritado. Perguntei se ele não podia usar uma camiseta dele, da Duane Bang, ou algo assim. E aí, chegou o dia da luta, e 30 minutos antes de lutar, eu tive que dar o telefone para ele e dizer: "Aqui, se você puder, liga para ele e peça o ok dele. Se ele te der o ok, você pode usar". Aparentemente, e eu só fiquei sabendo disso depois, o Duane tentou fazer meu sócio lhe pagar US$ 300 para usar a minha camiseta no meu córner. Eu fiquei perplexo - completou.
- Ele começou a receber e aí começou a cobrar todo mundo para aulas particulares. E chegou a um ponto em que o TJ Dillashaw disse: "Eu não sei o que fazer. Duane está me tirando tudo. Eu estou fazendo os vídeos para ele depois das aulas, faço isso e aquilo e ele ainda está me cobrando pelas aulas. Eu preciso falar com ele". (...) Tempos depois, na primeira luta que ele entrou no meu córner, eu tenho um sócio, o Scott, que é o dono da Torque e mora no Texas e o Duane queria usar a sua própria camiseta no meu córner, mas ela tinha uma marca concorrente. Eu pedi para ele falar com o meu sócio muito antes do combate, para o meu sócio liberar e não ficar irritado. Perguntei se ele não podia usar uma camiseta dele, da Duane Bang, ou algo assim. E aí, chegou o dia da luta, e 30 minutos antes de lutar, eu tive que dar o telefone para ele e dizer: "Aqui, se você puder, liga para ele e peça o ok dele. Se ele te der o ok, você pode usar". Aparentemente, e eu só fiquei sabendo disso depois, o Duane tentou fazer meu sócio lhe pagar US$ 300 para usar a minha camiseta no meu córner. Eu fiquei perplexo - completou.
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