sábado, 13 de junho de 2015

Vídeo mostra briga entre alunas de escolas rivais em Petrópolis, no RJ

Segundo testemunhas, as agressões viraram rotina. As brigas são marcadas via rede social.


Bruno RodriguesDo G1 Região Serrana


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Um vídeo de duas alunas uniformizadas das escolas municipais Papa João Paulo II e Professora Herminia Matheus, localizadas no bairro São Sebastião, em Petrópolis, Região Serrana do Rio, está circulando pelas redes sociais. Nas imagens, feitas por um outro estudante de uma das instituições de ensino, é possível ver que uma das meninas chega a ficar por cima da outra, batendo com a mão e puxando os cabelos. A briga, segundo informações do pai de um outro aluno, que preferiu não ser identificado, teria sido motivada porque uma das adolescentes foi defender uma terceira pessoa envolvida. Elas têm 11 e 13 anos.

Segundo o diretor da escola Papa João Paulo II, Paulo Araújo, a menina já foi identificada e a mãe foi orientada a ir até delegacia prestar queixa. Ele afirma que essa não foi a primeira briga entre as duas e que entrou em contato com a diretora da outra unidade de ensino para tentar buscar uma resolução sobre o problema entre a briga de estudantes das duas instituições.

“Isso é comum ali. Sempre vejo adolescentes brigando em praças nas ruas por aqui. Os alunos acabam marcando nas redes sociais e quando se encontram a confusão já está formada. Os outros estudantes acabam incentivando a briga, filmam e divulgam nas redes sociais. No caso dessa briga, as meninas se encontraram entre as duas escolas. É bem comum porque elas são de escolas rivais”, contou Yago Freitas, que mora próximo às duas escolas, que tem 350 metros de distância uma da outra.

O pai de um aluno explicou que o filho vem sofrendo bullying na escola Papa João Paulo II. Segundo ele, o filho de 13 anos está sendo ameaçado por outros estudantes. Ele explica que a mãe do adolescente já tinha ido à escola e só conseguiu conversar com um inspetor que teria dito que não poderia fazer nada.

“Acho isso um absurdo! As brincadeiras começam nas redes sociais e este tipo de coisa acontece. Daqui a pouco tem criança levando faca para escola e atingindo umas as outras”, falou o pai, revoltado.

O conselheiro tutelar Marcos Gonçalves, explica que a briga tem que ser resolvida pela instituição de ensino quando acontece dentro da escola. Já quando é do lado de fora dos muros, cabe à família a responsabilidade pelo aluno. No caso do Conselho Tutelar, o órgão é acionado quando as vítimas são crianças com menos de 11 anos.

“De 12 a 17 anos, cabe às famílias irem à polícia para prestar queixa seja sobre ameaça, bullying ou agressão. Mas quando acabam sendo encaminhados para o Conselho, nossa atitude é defender os direitos daquele adolescente. Então verificamos se a queixa já foi feita ou se aquele menor precisa de atendimento médico ou psicológico, para que seja encaminhado”, explicou Marcos.

Caso de polícia
Na delegacia, o número de casos de brigas entre estudantes têm aumentado. Segundo um dos inspetores ouvidos pelo G1, da 105ª Delegacia de Polícia, no Retiro, é comum a quantidade de pessoas que chegam para prestar queixa sobre agressões entre estudantes.

“Nestes casos, é configurado ato infracional. O registro de ocorrência é feito aqui e o caso vai para a Vara da Infância”, explicou.

Secretaria de educação se pronuncia
Segundo a secretária de Educação, Mônica Freitas, em casos como este há o acompanhamento e orientação da escola junto à família.

"Caso a instituição de ensino não consigo encontrar uma resolução para o problema, o serviço de psicologia escolar é acionado e, em casos extremos, quando nada disso funciona, a inspeção escolar, que funciona na sede da Secretaria de Educação, de 8h às 18h30, é acionado para trabalhar com aquela família", declarou

Na tarde desta sexta-feira (12), o diretor da escola Papa João Paulo II, Paulo Araújo, se reuniu com a secretária de educação para apresentar os problemas que têm ocorrido na instituição de ensino. 

Segundo a secretária de educação, casos de qualquer tipo de violência podem ser punidos com medidas que vão de advertências verbais até a transferência do aluno. A secretária informou ainda que vem adotando medidas como campanhas de conscientização. Além disso, explicou que o serviço da ronda escolar trabalho dentro das escolas, tem quatro equipes e, em 2014, fez mais de 500 visitas em toda a rede municipal de ensino.








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