Redação Bonde/Prefeitura de Curitiba
O projeto Bullying não é Brincadeira, da Secretaria Municipal da Educação de Curitiba, completou um ano ontem, terça-feira (9). Envolve 81 mil estudantes de 107 escolas municipais e dezenas de professores promovendo a cultura da paz, respeito à singularidade e à diversidade no ambiente educacional, em especial entre as pessoas com deficiência.
A adesão ao projeto é opcional, cabendo às escolas decidirem pela proposta de prevenir as agressões entre os estudantes a partir de duas frentes. A primeira, de orientar os profissionais das escolas, centros municipais de educação infantil (CMEIs) e demais unidades escolares sobre o que deve ser feito para evitar bullying. A segunda é envolver de forma lúdica e atrativa os estudantes e suas famílias na discussão sobre a necessidade de respeito à singularidade e diversidade de todos no ambiente educacional. "A intenção é de que todos os 140 mil estudantes façam parte do projeto, porém, chegamos a 107 unidades em apenas um ano, com tantos estudantes envolvidos demonstra que o projeto tem sido bem aceito e muito bem desenvolvido nas escolas", diz a secretária municipal da Educação, Roberlayne Borges Roballo.
Bullying é o termo em inglês adotado para definir os atos violentos, intencionais e repetidos cometidos contra uma pessoa indefesa que causam danos físicos e psicológicos. Para discutir o assunto tão sério e contar com o envolvimento das crianças foram produzidos pela Coordenadoria de Atendimento as Necessidades Especiais (Cane) kits compostos por cinco bonecos coloridos, confeccionados em material plástico e acompanhados de uma apostila que apresenta as singularidades de cada personagem.
Lilo, Max, Nina, Teco e Lisa tornam mais dinâmica e divertida a abordagem do assunto com as crianças. Embora fictícios, os personagens têm características que são facilmente encontrados no ambiente escolar. Lilo é uma pessoa com autismo, o colega Teco tem deficiência visual, Lila não ouve e não fala, enquanto Max é usuário de cadeira de rodas. Devido ao tratamento de uma leucemia, Nina perdeu os cabelos e é careca.
A escola que adere ao projeto recebe um kit com cartilhas que orientam o trabalho do professor. Cada unidade desenvolve atividades conforme suas necessidades de abordar o tema. Desde o lançamento, que contou com uma palestra proferida pelo psicólogo e mestre em educação, Marcos Meier, muitas atividades foram desenvolvidas. Entre elas a formação e orientação para os profissionais trabalharem a temática e a promoção de discussões e práticas relacionadas ao bullying.
"A implantação do projeto comprovou a possibilidade de mudança de cultura por meio da sensibilização e reflexão sobre a importância do tema para a convivência pacífica entre estudantes e na sociedade", disse uma das idealizadoras do projeto e integrante da Coordenadoria de Atendimento às Necessidades Especiais, Viviane Maito.
Neste um ano, os personagens do projeto ilustraram desenhos e produções dos estudantes. Também fizeram parte de pinturas e grafitagem em muros e paredes de algumas escolas. O quinteto virou tema de letra de rap escrito e cantado por estudantes, inspirou a criação de peças teatrais, atividades nas aulas de arte, entre outras ações.
Uma das atividades de grande repercussão dentro do projeto foi a criação da vacina antibullying, realizada em algumas escolas e estendida em uma ação na Praça Rui Barbosa.
Equidade
No início deste ano, 65 escolas se integram ao projeto sendo destas 47 integrantes também do projeto Equidade, recentemente lançados para promover a diminuição da desigualdade e ao reforço das singularidades nas escolas da rede.
Os representantes escolhidos pelas unidades assistiram a palestras sobre o tema, além de receber os kits. As próximas ações do projeto Bullying não é Brincadeira, são a efetivação de atividades nas unidades que ainda não tinham o projeto proporcionando momentos de formação com todas as unidades participantes.
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