quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Aluna é agredida por colegas em escola de Ribeirão

Menina de 11 anos com transtorno de atenção leva soco e pedradas em unidade estadual de ensino e mãe ameaça ir à Justiça

Wesley Alcântara - Especial A Cidade

Foto: Matheus Urenha / A CidadeEstudante de 11 anos vítima de colegas de escola afirma que não quer mais voltar às aulasEstudante de 11 anos vítima de colegas de escola afirma que não quer mais voltar às aulas

A dona de casa R.E.P., de 30 anos, afirma que a filha de 11 anos é vítima de bullying (intimidação de colegas de classe por intolerância) desde o ano passado, na escola estadual Vereador José Bompani, no Conjunto Valentina Figueiredo, zona Norte de Ribeirão Preto. Na semana passada a menor foi agredida com um soco no rosto e apedrejada pelos colegas da sala de aula, logo após sair da escola.

Uma inspetora acompanhou a menina até a casa da avó. Mesmo assim, um grupo de dez crianças continuou a atirar pedras, que acertaram apenas a mochila da menina.

A mãe diz que a filha, repetente da 4ª série do ensino fundamental, é perseguida porque tem dificuldade no aprendizado. Aos 4 anos, pediatras diagnosticaram que a menor tem Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.

"Os colegas da sala a xingam de burra e de gorda. Como fica chateada, acaba revidando aos xingamentos e os alunos a agridem", disse R., que pretende processar o Estado caso nenhuma providência seja tomada. A família da estudante pede a mudança dela para outra escola, desde que o ensino seja de qualidade.

Providências

Os pais da menina participaram nesta terça-feira de uma reunião na escola, que prometeu providência. O conselheiro estadual da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado), José Wilson de Souza Maciel, diz que a entidade oferece projetos para orientar professores a combater o bullying.

A Secretaria da Educação do Estado afirma trabalhar no combate à violência escolar e que conquistou resultados significativos com o Programa Sistema de Proteção Escolar, implantado em 2009. O projeto conta com manuais de procedimentos e conduta, que servem como referência à convivência no ambiente escolar e detalham normas adotadas em situações de conflito.

Os nomes não foram divulgados para não identificar a menor, segundo preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Fonte: Jornal A Cidade

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