segunda-feira, 14 de junho de 2010

Lei tenta coibir o cyberbullying nas escolas


A lei que estabelece políticas públicas antibullying nas instituições gaúchas de Ensino Básico e de Educação Infantil, aprovada recentemente pela Assembleia Legislativa, inclui o ciberbullying, classificado no texto como “envio de mensagens, fotos ou vídeos por meio de computador, celular ou assemelhado, bem como sua postagem em blog ou sites, cujo conteúdo resulte em exposição física e/ou psicológica a outrem”. De acordo com o deputado Adroaldo Loureiro (PDT), responsável pelo projeto, não se pode pensar em bullying nos dias de hoje sem relacioná-lo com a internet.


– É impossível deixar de fora. São os meios mais utilizados e mais danosos porque o autor se esconde no anonimato. Deve ter um tratamento especial – defende Loureiro.

Na prática, a nova lei não estabelece ações concretas para enfrentar a violência entre os estudantes, como punições aos alunos ou a escolas negligentes. Entre as ações previstas, estão campanhas de prevenção nas escolas e treinamento de docentes e equipes pedagógicas para o diagnóstico de bullying e para o desenvolvimento de abordagens de caráter preventivo. Outro ponto importante está focado na orientação aos agressores e seus familiares sobre os valores, as condições e as experiências relacionadas à prática de bullying.

– Atualmente, mais de 60% das escolas públicas não têm um orientador educacional ou psicopedagogo – complementa.


O QUE O PROFESSOR PODE FAZER SE FOR ALVO
- Procure a direção para relatar o que está acontecendo
- Outra alternativa, caso trabalhe em escola particular, é procurar o Sinpro-RS, na Capital, que tem um núcleo especialmente voltado para tratar desses casos e oferece atendimento psicológico. O telefone de contato é begin_of_the_skype_highlighting (51) 4009-2900 end_of_the_skype_highlighting ou 0800-7272-910(51) 4009-2900
- Tenha uma conversa franca e conciliadora com o aluno envolvido para tentar resolver tudo e, se não resolver, peça à direção para chamar os pais
- Caso se sentir lesado pelo cyberbullying, o professor pode, inclusive, procurar a Justiça para pedir reparações aos responsáveis. Por isso, tire cópias, registre em cartório e guarde consigo
- Se sentir que o problema causou depressão, mudanças repentinas de humor e cansaço, procure auxílio profissional com um psicólogo ou psiquiatra
O QUE É O BULLYING
- Bully, em inglês, pode ser traduzido pelo termo valentão. Dele deriva a palavra bullying, que não tem uma tradução literal precisa para o português. Por isso, especialistas brasileiros optaram por adotar o estrangeirismo para definir o problema, que se refere a atos agressivos, físicos ou verbais, protagonizados por um agressor contra uma vítima de forma sistemática
O QUE É O CYBERBULLYING
- É a utilização de sites e blogs, mensagens de celular ou outras ferramentas para humilhar ou intimidar alguém.
HISTÓRICO
- O bullying é um fenômeno muito antigo, sem data precisa de início. Apenas a partir dos anos 70, porém, recebeu essa denominação e passou a ser compreendido como uma ameaça à saúde física e psicológica dos estudantes. Nos últimos anos, vem recebendo atenção crescente de especialistas e governos
- A origem das pesquisas sobre o bullying se encontra em países como a Noruega, onde foi percebida uma correlação entre suicídios de jovens e o ambiente hostil na escola
- Alguns especialistas consideram que o bullying não é restrito a adolescentes em âmbito escolar, mas também se aplica a casos de agressões físicas e psicológicas repetitivas, transcorridas entre colegas de trabalho, por exemplo, e também entre alunos e professores

Fonte: Zero Hora

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