domingo, 3 de janeiro de 2016

Bullying: agressão verbal e física - O ato pode ser manifestado em qualquer lugar onde existam relações interpessoais

O ato pode ser manifestado em qualquer lugar onde existam relações interpessoais
Caracterizado por atos de violência física ou verbal, o bullying pode ocorrer de forma repetitiva e intencional contra crianças ou os mais adultos. Geralmente, ocorre com mais frequência no ambiente escolar, onde causa consequências nocivas na vida de muitos indivíduos.
De acordo com a psicóloga Júlia Perez Nader, o bullying compromete o comportamento das pessoas, o que é prejudicial à sociedade. “Se uma criança está com a autoestima baixa, ela pode ter problemas, como ir mal na escola, brigar com os pais e com os irmãos ou podem se frustrar com muita facilidade”, afirma. Além de ocorrer isolamentos dentro de casa e em outros ambientes sociais.
A psicóloga frisa ainda que o bullying pode marcar a vitima durante toda a vida, porém, em alguns casos, as pessoas têm a capacidade de enfrentar a situação com resiliência. 
“Quando uma pessoa sofre bullying, sua autoestima fica ferida, portanto, a sua resiliência também é ferida. E quando não há resiliência, não há habilidade para enfrentar uma limitação,” diz.
Um dos sinais que a pessoa está sofrendo o ato é o retraimento e reclusão, como as mudanças bruscas no comportamento, agressividade, baixa autoestima, choros excessivos e medo de ir à escola.
“Estes são indícios que o individuo está precisando de ajuda ou algo está errado”, ressalta a psicóloga.
Tratamento

Tanto à pessoa que sofre com o bullying, quanto aos que o praticam, o convívio familiar é fundamental para superar os obstáculos.
Em tratamentos oferecidos, o psicólogo pode desenvolver com o paciente a psicoterapia familiar, que, segundo Júlia, consegue abordar o assunto com todos os envolvidos. “Desta forma será possível proporcionar uma reconstrução de significados, levando ao enfrentamento da situação,” comenta.
Ela diz ainda que, dependendo do caso, também pode ser indicado o atendimento individual, mesmo dentro do modelo familiar ou não.
Intervenção dos pais

Os pais precisam evitar atitudes de proteção em demasia, ou de descaso referente aos filhos. A atenção em dose certa é elementar no processo evolutivo e formativo para uma pessoa do bem.
A psicóloga comenta que existem duas situações. “Uma coisa é evitar que os filhos sejam vitimas, outra coisa é evitar que eles pratiquem o bullying”, afirma.
Ela destaca que os pais devem estar abertos a esse tipo de assunto e entender os sinais do filho quando estiver passando por este problema. E, se houver a suspeita que o filho esteja praticando o bullying, é preciso conversar com o indivíduo de maneira que ele possa entender facilmente como um ato de violência pode afetar a outras pessoas.
Documentário 

A Secretaria da Educação de Ribeirão Preto prepara documentário sobre bullying para rede municipal de ensino, com material produzido durante debate com especialistas e utilizado na formação de gestores e professores municipais.
A equipe técnica da pasta iniciou as discussões acerca do trabalho para definir a formatação do debate, que deve acontecer neste mês de janeiro.


Foto: Arquivo Revide

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