segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Após perder 53kg, Leandro Hassum diz que ainda enfrenta bullying na Internet

"Estou mais engraçado magro"



Leandro Hassum - ator é recorde de bilheteria e diz que está mais engraçado depois que emagreceu (Foto: Gabriel Borges)
Primeiro filme brasileiro a chegar a uma terceira edição, o novo Até que a Sorte nos Separe, retrata, além de uma corrida do ouro incansável, o processo de emagrecimento do protagonista, o atorLeandro Hassum, que, no primeiro filme, pesava 150 quilos. "Hoje, estou com 97. Por causa disso, explicamos a perda de peso no longa. Desta vez, a disputa é para ver quem emagrece mais. E meu personagem, que vai para um spa, perde para o do André Marques por um quilo", conta ele.
Qual tem sido a reação das pessoas diante do seu emagrecimento?
Vejo 80% me elogiando e uns 20% de invejosos nas redes sociais. As pessoas acham que têm que dar opinião em tudo. É falta de educação, por exemplo, comentar a foto de alguém comentando que a pessoa está envelhecida. Deve ser opinião de alguém que leva uma vida de merda. Vai ficar nessa? Então, não me segue, não curte, não comenta.
Que tipo de comentários ruins tem ouvido?
Ouço coisas do tipo "com dinheiro é mole”. Eu retirei um pedaço do estômago na bariátrica. Passei um mês só no líquido. Não posso mais comer de tudo. Elimino mais vitaminas do que antes da cirurgia. Não é fácil. Mas eu lido muito bem com isso e estou feliz. Agora faço stand-up paddle direto. Antes, nem tentava ficar em pé na prancha. Sempre quis ser surfista, mas, quando criança, era gordinho e sofria bullying. Estou me vendo magro só agora.
De alguma forma, a mudança de peso interferiu no seu humor para a comédia?
As pessoas formam uma ideia assim: ‘Hassum é gordo e ponto’. Eu até respeito. Ser gordo era uma das piadas que eu fazia. Mas sempre estive à frente de qualquer peso. Claro, usava o físico a meu favor. Mas não tenho só piadas de gordo. Tenho de casamento, de religião... Se você não tem a comédia dentro de você, não tem peso que ajude. E, sem modéstia, eu acho que estou sendo mais engraçado agora.
Você já interpretou um candidato à Presidência desonesto e corrupto no cinema. O que tem achado do processo de impeachment?
Gravamos ‘Até que a sorte...’ há quase um ano e o filme parece meio profético. Tem uma cena com uma presidenta muito parecida com a Dilma. E meu personagem fala: 'Será que nada vai derrubá-la?'. Quem vir vai pensar que filmamos isso semana passada. Ainda não consigo me posicionar sobre o impeachment. Mas dá uma sensação de vergonha o que está acontecendo no país, essa coisa de um dando cabeçada no outro.

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