segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Onde acaba a indisciplina e começa a violência nas escolas?

LISBOA – Apesar da melhoria significativa registada na última década, certo é que mais de 20% da população portuguesa – entre os 18 e os 24 anos – ainda abandona a escola precocemente, segundo dados da Pordata relativos a final de 2012. Mas este é apenas um dos problemas com que a educação em Portugal se debate actualmente.

No âmbito do ciclo de conferências sobre questões-chave da Educação, a Fundação Francisco Manuel dos Santos convidou João A. Lopes, investigador da Universidade do Minho e Dorothy L. Espelage, professora da Universidade do Ilinóis para debater a “Indisciplina nas Escolas” com pais, professores e demais interessados no tema. Nos próximos dias 17 e 18 de Outubro, em Lisboa e Braga, respectivamente.
O nível de indisciplina nas salas de aula continua a aumentar, e notícias recentes dão conta de que esta é uma questão que começa agora a afectar também o Ensino Superior, e que a indisciplina rapidamente se transforma em violência. Mas onde termina uma e começa a outra? Qual o tipo de indisciplina que mais se salienta? Física? Psicológica? E de que forma afecta o desempenho escolar e a motivação dos alunos?
Durante as conferências, os especialistas vão tentar perceber que caminhos podem ser feitos para prevenir ou travar a indisciplina. “Continua a não ser fácil para os agentes educativos acreditarem que uma causa tão próxima e até tão óbvia como o insucesso académico possa ter alguma importância na configuração da indisciplina”, nota o psicólogo João A. Lopes.
Já Dorothy L. Espelage garante que “é imperativo que se desenvolvam programas/planos escolares que previnam e que reduzam a violência juvenil ao mesmo tempo que promovem a motivação dos alunos, levando-os a conseguir um maior sucesso escolar”.

A FFMS promove ainda, antes destas conferências, um debate online na sua página (www.ffms.pt), subordinado ao tema “Onde acaba a indisciplina e começa a violência?”, a partir de dia 14 de Outubro.
As conferências em Lisboa e em Braga já estão com lotação esgotada, mas não gostaríamos de deixar de o ter presente, e de lhe facultar toda a informação necessária ao tratamento de um tema que tem estado na agenda nos últimos anos.
Sobre a Fundação Francisco Manuel dos Santos:
Presidida por António Barreto, esta entidade sem fins lucrativos e de utilidade pública pretende promover a participação da sociedade civil na reflexão e no debate sobre todas as questões relevantes que digam respeito à comunidade nacional, o que deverá ser prosseguido com a preocupação de respeito pelos valores da democracia, da liberdade individual, da igualdade de oportunidades, do mérito e do pluralismo.
A adopção dos mais elevados padrões de rigor científico e académico na análise dos factos e na descrição das situações observadas é uma das exigências colocada aos autores dos estudos que a fundação promove, sendo também exigida, estatutariamente, a todas as actividades da fundação uma total independência em relação a “organizações e interesses políticos, partidários, económicos, religiosos e outros”.

Fonte: Local PT

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