quarta-feira, 22 de abril de 2015

Instagram detalha melhor diretrizes de uso: nudez, terrorismo e bullying

Raquel Freire
Para o TechTudo
Instagram acaba de reformular suas diretrizes de uso. As novas regras são mais detalhadas, dando orientações específicas e exemplos sobre como se comportar na rede social, o que é proibido e que não é. Veja o que mudou e o que está mantido e evite problemas com fotos e vídeos no Instagram.
Vale lembrar que o Facebook, atual dono do Instagram, também fez atualizações sobre nudez, terrorismo e bullying. As novidades e exemplos dados são muito semelhantes nas duas redes sociais.
Novas diretrizes do Instagram detalham itens como nudez e direitos autorais (Foto: Luciana Maline/TechTudo)Novas diretrizes do Instagram detalham itens como nudez e direitos autorais (Foto: Luciana Maline/TechTudo)
O que mudou, novos exemplos:
Nudez, mamilos e porn revenge
A regra antiga proibia qualquer tipo de nudez, inclusive artística, sob alegação de que a rede social tem membros a partir dos 13 anos. Após bastante controvérsia, as exceções foram detalhadas. Mamilos femininos continuam proibidos. Fotos de cicatrizes de mastectomia e amamentação são permitidas.
Nudez em imagens de pinturas e esculturas também será permitida. Porém fotos, vídeos e conteúdos criados digitalmente que mostrem relações sexuais, genitais e close-ups de nádegas totalmente expostas permanecem censurados. Vídeos e fotos de crianças total ou parcialmente nuas, ainda que postados pelos pais, também podem ser excluídos pelo Instagram. Proibições como essas, embora discutíveis, são apontadas como fatores que podem ajudar a reduzir a "pornografia de vingança".
Propriedade intelectual e repost
Nas diretrizes antigas, a norma sobre propriedade intelectual dizia apenas “compartilhe somente as fotos e os vídeos feitos por você”. A nova versão complementou com “ou aqueles que tem direito de compartilhar”. Ou seja: cabe ao usuário verificar se os direitos autorais do conteúdo produzido por terceiros permitem a reprodução no Instagram, recurso conhecido como "repost".  
Ameaças e perseguição
Se antes a regra genérica era “trate os outros como você gostaria de ser tratado” agora, o Instagram especificou o que não postar. Ameaças, discursos de ódio, informações pessoais com o intuito de chantagear ou assediar (o famoso bullying), mensagens indesejadas enviadas repetidamente e conteúdos que ataquem indivíduos com a intenção de constrangê-los ou humilhá-los serão removidos.
O incentivo à violência ou ataque motivado por raça, etnia, nacionalidade, sexo, gênero, identidade de gênero, orientação sexual, religião, deficiências ou doenças também não será tolerado. Tais discursos só poderão ser vinculados na plataforma caso sejam para denunciar esse tipo de pensamento, mas quem postou deve expressar a intenção claramente.
Obediência à lei, terrorismo e ódio 
A norma anterior dizia que o compartilhamento de conteúdos ilegais poderiam gerar desativação da conta e comunicação às autoridades. Exemplificados apenas fotos ou vídeos de violência extrema ou sangue. Agora, o Instagram ilustrou uma série de situações que podem incorrer em penalidades. 
Entre elas estão apoio ou exaltação ao terrorismo, crime organizado ou a grupos de ódio; oferecimento de serviços sexuais; compra ou venda de drogas ilícitas ou prescritas, mesmo que sejam legais na localidade do usuário; promoção de drogas para fins recreativos. Da mesma forma, é proibido postar conteúdo sexual envolvendo menores de idade ou ameaçar com a publicação de imagens íntimas.
Produtos e serviços controlados podem ser promovidos no Instagram, desde que se obedeça as leis. É preciso lembrar que a legislação americana, onde a empresa é sediada, é diferente da brasileira. Lá, armas de fogo estão na lista de itens permitidos, diferentemente daqui. O Instagram tem uma página (help.instagram.com) sobre esses artigos, mas é fundamental consultar a legislação do Brasil.
O que não muda, exemplos mantidos:
'Troco likes' e comentários
O texto das diretrizes foi completamente reformulado, mas alguns tópicos mantêm sua essência. No quesito spam, o Instagram continua pedindo para que os usuários tenham interações honestas e genuínas, evitando a “troca” de curtidas ou seguidores, assim como publicar o mesmo comentário em várias postagens e perfis. Também não é adequado entrar em contato com as pessoas repetidas vezes sem o consentimento delas e fazer auto-promoção são práticas igualmente indesejadas.
Spam e automutilação
A redação sobre automutilação também tem o mesmo teor. A rede social avisa que desativará, sem aviso prévio, contas que estimulem outras pessoas a cometerem suicídio, autoflagelação, terem distúrbios alimentares ou qualquer tipo de prejuízo a si próprio.
A ideia é fornecer um ambiente para que as pessoas possam encontrar apoio para superar estes problemas. Por isso, conteúdos que identifiquem vítimas ou sobreviventes de automutilação, caso sejam vinculados para fins de ataque ou humor, também serão removidos.
Bloqueio de conteúdo
Por ser uma comunidade grande e diversificada, o Instagram lembra que é possível que uma postagem seja ofensiva a alguém sem que ela viole as diretrizes de uso. Neste caso, é recomendado deixar de seguir ou bloquear o usuário, informando motivos no menu de notificação da rede social.
Se a pessoa achar que o post infringe alguma das regras, o recomendado é denunciar a publicação. A rede social recomenda que o denunciante forneça o máximo de informações possíveis, como nome de usuários válidos, links e descrições do conteúdo, para que a avaliação seja rápida.
O Instagram ainda orienta aos membros a conversar educadamente ao se depararem com conteúdo próprio divulgado em outra conta, já que muitas vezes o post é resultado de um mal-entendido. Caso quem postou não delete a foto ou vídeo, é possível fazer denúncia de violação de direitos autorais ou de violação de marca registrada.
Uma forma prática desestimulada pela equipe é publicar screenshots dos usuários que estejam infringindo as regras. Isso pode ser considerado assédio, o que viola as diretrizes do Instagram.
Via Instagram

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