terça-feira, 10 de junho de 2014

Projeto combate bullying nas escolas de Curitiba

fonte: Bem Paraná
"Bullyng não é brincadeira" é novo projeto da Secretaria Municipal da Educação, lançado nesta segunda-feira (09) para trabalhar o tema entre os 140 mil estudantes da rede municipal de ensino de Curitiba. O lançamento foi no anfiteatro da Unibrasil, no Tarumã, com a entrega de kits de materiais que integram o projeto.
Também houve apresentação da palestra “O preconceito: raízes e erradicação”, ministrada com o psicólogo e mestre em educação, Marcos Meier.
Desenvolvido pela Coordenadoria de Atendimento as Necessidades Especiais, da Secretaria Municipal da Educação, o projeto tem duas frentes. A primeira, de orientar os profissionais das escolas, centros municipais de educação infantil (CMEIs) e demais unidades escolares sobre o que deve ser feito para evitar bullying. O termo em inglês foi amplamente adotado para definir os atos violentos, intencionais e repetidos cometidos contra uma pessoa indefesa que causam danos físicos e psicológicos aconteçam.
A segunda é envolver de forma lúdica e atrativa os estudantes e suas famílias na discussão sobre a necessidade de respeito à singularidade e diversidade de todos no ambiente educacional. Para isso foram produzidos kits compostos por cinco bonecos coloridos, confeccionados em material plástico e acompanhados de uma apostila que apresenta as singularidades de cada personagem.
Nina, Lilo, Max, Teco e Lisa são personagens fictícios, mas suas características podem ser encontradas nas unidades escolares. Lilo é pessoa com autismo, o colega Teco tem deficiência visual, Lila não ouve e não fala, enquanto Max é usuário de cadeira de rodas. Devido ao tratamento de uma leucemia, Nina perdeu os cabelos e é careca.
O quinteto foi criado para sensibilizar as crianças e suas famílias sobre as diferenças individuais encontradas nos espaços educacionais. Desenvolver a cultura de respeito entre as crianças é fundamental, em especial quando se trabalha com a inclusão de estudantes com crianças com necessidades educacionais especiais.
“Por meio de suas histórias de vida buscaremos sensibilizar a comunidade escolar sobre as diferenças individuais de cada indivíduo, estimulando o respeito às singularidades, às diversidades, às deficiências e às necessidades educacionais especiais”, disse a secretária municipal da Educação, Roberlayne Borges Roballo.
Criados por Cláudia Percinoto e Viviane Pereitra Marto, da Coordenadoria de Atendimento as Necessidades Especiais da Secretaria Municipal da Educação, os personagens servirão para atividades integradas entre as unidades de ensino e às famílias.
“É uma ação bastante lúdica, mas que ajudará a desenvolver entre os estudantes a formação da cidadania e a convivência saudável a partir da discussão de temas que envolvem preconceitos implícitos e explícitos da nossa sociedade”, explica Elda Cristiane Bizzi, da coordenadoria de Atendimento as Necessidades Especiais da Secretaria Municipal da Educação.
Uma das primeiras diretoras a receber o kit, Leni Gonçalo Vindmontas, da Escola Municipal Sobral Pinto, considerou o projeto um importante reforço nas ações e inclusão desenvolvidas na escola, que tem entre os matriculados estudantes autistas e usuários de cadeiras de rodas. “Trabalhar com a informação é sempre o melhor caminho para termos ações assertivas. Por meio do projeto manteremos os profissionais informados e assim poderão incentivar o respeito entre as crianças”, disse Leni.
Personagens
As crianças aprovaram a metodologia do projeto com o quinteto de personagens que estimulam questões de cidadania. “É sempre importante lembrar aos colegas que precisamos ter respeito uns com os outros”, diz o estudante Renato Soares Bastos, de 11 anos.
Aluno da Escola Municipal João Papa XXIII, no Novo Mundo, o garoto pertence a turma atendida nas Salas de Recursos para estudantes com altas habilidades. “Já sofri bulling na escola e sei da importância dos colegas saberem que algumas atitudes podem prejudicar aos outros”, disse Renato.
Renato e outros quatro colegas foram convidados a gravar as vozes dos personagens do projeto para o vídeo que apresenta o trabalho para as escolas. O desenhos dos personagens foi produzido pelo o arte educador e coordenador do projeto EduCultura pela secretaria municipal da Educação, Fúlvio Pacheco.

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