sexta-feira, 13 de julho de 2012

Escola japonesa obrigou pais de aluno que se suicidou por bullying a não expor o caso

Estudante de 13 anos foi forçado a comer abelhas mortas e participar de jogos que simulavam sua morte

- ipcdigital.com

A escola ginasial de Otsu (Shiga), a que pertencia o aluno de 13 anos que se suicidou depois de sofrer maus-tratos pelos colegas (bullying/iijime), obrigou os pais a assinar um documento no qual se comprometiam a não revelar os resultados das investigações que foram realizadas após a morte do estudante, revelou o jornal Mainichi.

O menino cometeu suicídio saltando de um complexo de apartamentos em 11 de outubro de 2011. Pouco depois, a escola realizou duas investigações a pedido da família. O colégio, no entanto, se negou a revelar os resultados a menos que os pais assinassem um termo de confidencialidade.

No documento, os pais reconheciam que a informação obtida era sigilosa e se comprometiam a mantê-la como tal. As investigações continham informações completas sobre o sistemático abuso do qual a criança foi vítima. O pai afirmou que assinou o documento com relutância a pedido da escola e admitiu que se não tivesse feito, a verdade seria descoberta muito antes.

Os resultados da primeira investigação foram apresentados em 28 de outubro. O conselho de educação da cidade que a criança era alvo de atos violentos (como ser obrigado a comer abelhas mortas). No entanto, não admitiu que havia uma relação de causa-efeito entre o bullying e o seu suicídio. O estudo foi realizado com a condição de que não seria publicado.

O conselho apenas tornou públicas as declarações de um estudante, entrevistado para o segundo estudo, que disse que o garoto havia sido submetido a uma espécie de “jogo de funeral” em que sua morte era simulada.


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