quarta-feira, 31 de julho de 2013

Equador quer intensificar com leis combate ao "bullying" nas escolas

Ministério da Educação equatoriano não descarta a aplicação de sanções baseadas nas disposições da Constituição

Agencia AndesA violência física e psicológica, conhecida como bullying, cresce nos estabelecimentos educativos do Equador, embora ainda não existam cifras fechadas, segundo o Ministério de Educação.
Otema está em debate não somente na sociedade civil, mas também na Assembleia, que não descarta a aplicação de sanções baseadas nas disposições da Constituição e das leis de Educação, de Comunicação e do Código da Infância e Adolescência.

Ximena Ponce, presidente da Comissão de Educação da Assembleia, afirmou que erradicar o problema é uma "responsabilidade de todos, quer dizer que envolve o sistema educativo, a sociedade civil e os pais de família, porque as agressões das crianças e jovens são, geralmente, réplicas do que eles vivenciam em seu entorno".

"É difícil lutar contra a violência se vamos deixar a responsabilidade com as instituições públicas, com as entidades de controle, com as entidades de justiça; é muito difícil que elas façam tudo, quando é um tema cultural de meninos e meninas que estão crescendo em lares, em comunidades, em coletivos que  também devem ser responsáveis", afirmou Ponce.
Segundo o Ministério de Educação, o bullying não distingue etnia, condição social nem idade e esta ação está mais concentrada nos estabelecimentos privados. Para María Fernanda Porras, funcionária do ministério, "existe uma crise social de valores entre nossos estudantes, não há exemplos de respeito, de solidariedade, de companheirismo e de dizer a verdade. Há, também, um fator determinante dos meios de comunicação sem responsabilidade social frente à informação que estão produzindo e oferecendo à cidadania."

Para o Observatório dos Direitos da Infância e Adolescência, segundo dados revelados em 2012, no Equador as agressões entre semelhantes se manifestam por meio de comportamentos como o insulto, a burla em maior porcentagem, comportamentos abusivos dos mais velhos com os mais jovens, brigas, discriminação por serem diferentes, destruição e roubos de objetos pessoais ou a conformação de gangues violentas.

Porras destacou que de janeiro até hoje se denunciaram 15 casos de violência entre semelhantes nos meios de comunicação. “É evidente que o número de pessoas que efetivamente denunciam estes casos é uma porcentagem muito baixa. Temos, também, dificuldades porque não existe um estudo específico que nos permita saber a realidade desta problemática nas instituições educativas", afirmou Porras.

O objetivo é o fortalecimento de uma cultura democrática e a afirmação da igualdade de direitos no dia a dia. É um tema que foi discutido no primeiro fórum "Cultura de paz e não violência no sistema educativo: não Bullying”, que se realizou na Assembleia Nacional com a presença dos pais de família, estudantes e instituições estatais encarregadas de tratar o tema.
Fonte: Operamundi

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