sexta-feira, 7 de abril de 2017

Escolas em Minas não têm dados sobre o bullying

O TEMPO

Secretarias municipais e estaduais não contabilizam casos de violência nos colégios


Na data em que é celebrada em todo país o Dia Nacional de Combate ao Bullying, Minas Gerais enfrenta problemas para diagnosticar as ocorrências de violência nas escolas. Mesmo com a implantação, há um ano e dois meses, da Lei nº 13.185, que obriga escolas e clubes a adotarem medidas de prevenção e combate ao bullying, secretarias municipais e estaduais de educação não têm contabilizado os casos de violência nas escolas.

Segundo a superintendente de Modalidades e Temáticas Especiais de Ensino da Secretaria de Estado de Educação, Iara Pires Viana, atualmente as escolas estaduais registram as ocorrências em um livro de forma manual. “Não temos os dados, devido à forma como eles são registrados. Estamos implementando um programa que vai articular projetos e estratégias educativas para coibir ações de violência”, explica.

Já em relação às escolas municipais, a gerente de Gestão de Clima Escolar da Secretaria Municipal de Educação, Eliane Vilassanti, afirma que as ocorrências de violência são registradas em um sistema online, impressas e encaminhadas para a gerência de educação de cada regional. “Em maio deste ano, vamos implementar outro sistema mais efetivo, para que os dados cheguem diretamente para nós, divididos pelos tipos de violações”, conta.

Ambas as secretarias afirmaram que, desde a implementação da lei, acontecem nas escolas ações de capacitação de docentes e equipes pedagógicas para prevenção e solução do problema, assim como a orientação de pais e familiares, para identificar vítimas e agressores.

Sobre a violência em escolas, em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública diz que a lei não estabelece que bullying seja crime, portanto, a pasta não tem dados. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, 46,6% dos alunos foram vítimas. Em 2012, eram 35,3%.

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