terça-feira, 18 de abril de 2017

Artista conta o que fez para lutar contra o suicídio

Desespero, bullying e a falta de esperança que as coisas melhorem são alguns dos motivos que levam pessoas a pensarem em tirar a própria vida.

Em depoimento em uma rede social, o músico Tico Santa Cruz disse que a terapia o ajudou a lutar contra o #Suicídio. “A ideia do suicídio ainda aparece para mim? Sim. Mas eu sei lidar com ela, graças à terapia. Tenho razões claras para dizer a você que assim como eu, já pensou ou já chegou bem perto de dar fim a própria vida. Procure #ajuda! Lute! Não desista!” (trecho do depoimento).

Desespero, bullying e a falta de esperança que as coisas melhorem são alguns dos motivos que levam pessoas a pensar ou até mesmo cometer suicídio. Considerado pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública, o suicídio tira a vida de uma pessoa por hora no Brasil.

Segundo o psiquiatra da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Rafael Brandes Lourenço, o risco suicida está relacionado com problemas cerebrais como, a depressão, transtorno afetivo bipolar, esquizofrenia, transtornos de personalidade e do uso de álcool ou drogas, além de tentativas de suicídio prévias.

Ainda segundo ele, cerca de 90% dos #suicídios estão relacionados com transtornos psiquiátricos e uma pequena porcentagem de casos ocorre de forma impulsiva. “Estes casos menores são praticamente imprevisíveis, por vezes estas pessoas não são impulsivas, mas podem ter algumas características de personalidade, como dificuldades em lidar com frustrações e acontecimentos adversos, elas se sentem sem saída. Nesse perfil de acontecimentos ocorrem os suicídios por causa econômica, como, por exemplo, o grande número de suicídios ocorridos durante a quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929”, exemplifica.

Para o doutor, caso seja percebida uma possibilidade de suicídio, é importante se mostrar disponível para conversar e ouvir as angústias da pessoa, de forma empática, ou seja, evitando comentários excessivamente otimistas ou que tentem minimizar o que a pessoa sente. “A melhor maneira de ajudar é oferecer ajuda médica, além de alertar os familiares, já que nessa situação a pessoa pode ter dificuldade em escutar e entender a gravidade do quadro que apresenta”, diz.

Quem pensa ou já pensou em suicídio precisa saber que não está sozinho, aconteça o que acontecer sempre haverá uma saída. Sim, tem muita gente que pode ajudar, como, por exemplo, o CVV - Centro de Valorização da Vida, que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias.

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