quarta-feira, 16 de março de 2011

Bullying ganha mais espaço com a Internet e educadores mobilizam-se

Por Mariana Cerigatto
A escola deve ser responsabilizada e combater o Bullying. Essa é a opinião do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp). A discriminação, que é crescente e acontece no ambiente escolar contra os alunos, tem sido mais facilmente disseminada pela Internet.

Esse foi um dos assuntos discutidos entre mantenedores das diversas escolas particulares de Bauru junto ao presidente e vice-presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro da Silva e José Augusto de Mattos Lourenço, que também é presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep). Membros da entidade estiveram ontem em Bauru e realizaram reunião regional. Cerca de 30 representantes de colégios e escolas privadas de Bauru marcaram presença.

“O Bullying se tornou uma epidemia nas escolas elas têm papel prioritário para combater essa discriminação”, afirmou Silva. Já o vice-presidente do Sieeesp, José Augusto Lourenço, chamou a atenção de um caso que aconteceu em São Paulo, na qual a vítima, um aluno, precisou mudar de escola diante das ridicularizações que sofria. Contudo, os agressores já tinham utilizado a Internet para espalhar as ofensas. “Apesar do caso ter acontecido em uma cidade maior, percebemos que esse tipo de agressão chega a ser mais facilmente disseminada nas escolas do Interior, pois as comunidades são menores”, frisa Lourenço.

Frente a isso, o sindicato orientou os representantes das escolas a não deixar de detectar o problema, pois a escola se torna responsável. “A escola deve documentar sempre a ocorrência dessas agressões”, salientou Lourenço, anunciando um seminário sobre Bullying que acontecerá em São Paulo, em maio, no Colégio São Luiz.

Duda Trevizani, diretor regional do Sieeesp, lembra um caso da agressão ocorrida em Bauru. “Lembro-me de um aluno que estudou na rede Preve Objetivo e foi cursar medicina em outra cidade, após terminar o ensino médio. Ele sofria de paralisia infantil e quando entrou na faculdade foi vítima de brincadeiras que exploravam os defeitos dele”, recorda Duda. No entanto, segundo Duda, o rapaz, diante tantas brincadeiras consideradas ofensivas, resolveu abandonar a faculdade de medicina e se tornou comerciante. “Ao analisar esse episódio, pode-se afirmar que a prática Bullying é capaz de deixar cicatrizes para a vida toda”, afirmou.

Ele frisa que a agressão, geralmente, é praticada pelos alunos, mas não somente. “O pior é quando parte do próprio professor, que acaba fazendo brincadeiras e ofendendo determinado aluno. Assim, os educadores precisam de orientação para dar fim a esse hábito terrível, que, em alguns casos, merece punição”, sublinha Duda.

Os representantes também vão visitar outras cidades do Interior de São Paulo, com intuito de discutir assuntos de interesse das escolas particulares espalhadas pelo Estado.

Fonte: JC Net

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