domingo, 8 de fevereiro de 2015

Pais e responsáveis também devem orientar


Da Reportagem do Diário de Cuiabá

"Numa brincadeira legal todo mundo se diverte. Se não for legal para um colega, não é mais brincadeira e precisa parar! Isto porque para eles, por mais que as palavras ou atitudes sejam inadequadas, muitas vezes, tudo soa como brincadeira. E, se não for orientada no começo, a criança que está sendo constrangida pode passar a ‘revestir-se’ e aceitar a ‘brincadeira’ tornando-se difícil de ser identificado o bullying posteriormente”.

É com esta premissa que o Colégio Master Júnior, que fica no bairro Boa Esperança, na capital, trabalha o tema com os alunos, com idades entre 04 a 13 anos. “Tratamos o assunto em perspectiva de projetos. No entanto, falas pontuais, recados e recomendações fazem parte do dia a dia da escola. Além disso, em momentos comuns, como momento cívico e outros, em que todos os alunos estão reunidos, sempre aproveitamos e por meio de ‘estórias’, fábulas e contos, abordamos o tema”, informou o diretor pedagógico, professor Roberson Sidnei Calegaro.

Conforme ele, o bullying é trabalhado entre projetos por todos os professores da escola. “O mais importante em toda essa dinâmica, são os olhares atentos de todos os educadores. Assim, não só professores são convidados e preparados para esse olhar atento. Desde o porteiro até os prestadores de serviços terceirizados, com presença constante na escola, são orientados a intervirem e comunicarem os responsáveis competentes à série do aluno, sempre que perceberem algo inadequado à proposta pedagógica. Nem sempre é na sala de aula, que algumas posturas inadequadas ‘aparecem’", destaca.

Calegaro reconhece que a unidade também já registrou casos de bullying e cada um foi trabalhado de acordo com a necessidade do educando, sempre em contato com os responsáveis, figuras fundamentais em todo esse processo. “Trabalhar a vítima do bullying é sempre mais simples, pois há interesses positivos de valorização e motivação pessoal. Em contrapartida, entre crianças e adolescentes, o trabalho que se demonstra mais árduo: é sempre fazer o agressor ou agressores percebam-se como tal. Nesse ponto, a reflexão passa por colocar-se no lugar do outro, revestindo-se do perfil do colega, de forma imaginar como podem ser desagradáveis algumas posturas”, disse.

Neste caso, a participação dos pais e responsáveis é vital. “Todos são convocados a comparecerem na escola para que haja alinhamento de condutas”, frisou. (JD) 

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