Considerando-se a gravidade das
agressões e violências que acontecem por meio do uso indevido das TIC
(Tecnologias da Informação e da Comunicação), não há dúvida que muitas
medidas devem ser tomadas, logo que se constata um desses ataques.
Nas escolas, por exemplo,
aconselha-se: (a) que todas as pessoas vinculadas ao mundo escolar
(alunos, professores, diretores etc.) entendam bem e falem do cyberbullying,
(b) que revisem as políticas educativas e as práticas existentes, (c)
que sejam abertas vias de comunicação das incidências do fenômeno, (d)
que haja promoção do uso adequado das TIC e (e) que sejam analisados e
acompanhados os impactos das estratégias de prevenção.
No que concerne à família, ela tem que assumir sua parte de responsabilidade ativa na prevenção do cyberbullying,
que ensinem seus filhos a bem utilizar tais aparatos, que acompanhem o
uso da internet pelos filhos, que prestem atenção no seu comportamento
logo após terem feito contato com a internet, que denunciem eventuais
ataques contra seus filhos etc.
Quantos aos alunos: (a) que sejam
fomentados a adotarem uma atitude de tolerância zero frente aos ataques
cibernéticos, (b) que não desprezem as provas do que aconteceu, (c) que
todos os alunos sejam envolvidos no problema, desenvolvendo-se empatia
em relação à vítima e censurando as agressões, (d) que não compartilhem
dados pessoais na rede, (e) que nunca fiquem sozinhas com pessoas que
conheceu na internet, (f) que façam o bloqueio eletrônico do agressor,
(g) não acreditem em tudo que vejam na internet, (h) que não baixem
conteúdos enviados por desconhecidos etc. (Mora-Merchán, Ortega,
Calmaestra e Smith: 2010, p. 202-206).
Já não se justifica, em plena era ciberespacial, praticarmos a política do avestruz em relação ao cyberbullying.
Não podemos fazer de conta que nada está se passando. Todos devemos
estar muito atentos nas modificações de comportamento das crianças e dos
jovens em idade escolar. A baixa do seu rendimento escolar, a recusa de
ir à escola, a tristeza constante, o medo etc.: tudo pode estar
indicando que estamos diante de uma agressão cibernética de bullying.
Se essa situação já é dolorosa por si só, muito mais grave fica se ela
perdura no tempo. Daí a necessidade de todos se envolverem para prevenir
esse tipo de agressão ou, pelo menos, para fazer cessar a que está em
andamento.
*LFG – Jurista e cientista criminal.
Fundador da Rede de Ensino LFG. Codiretor do Instituto Avante Brasil e
do atualidadesdodireito.com.br. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983),
Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). Siga-me nas
redes sociais: www.professorlfg.com.br.
Fonte: Instituto Avante Brasil
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