DN LUSA
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Cerca de meia centena de jovens protestou hoje em Lisboa contra a homofobia nas escolas, exigindo campanhas de sensibilização e aulas de educação sexual que contemplem todas as realidades.
A ação decorreu em frente ao Ministério da Educação e terá também acontecido noutras cidades do país, com origem num movimento informal de estudantes contra a homofobia nas escolas, que tomou forma na sequência de um caso na escola secundária de Vagos, distrito de Aveiro, onde duas alunas terão sido repreendidas por se estarem a beijar.
Alunos de Vagos protestaram contra o que consideraram discriminação em função da opção sexual e deputados do Bloco de Esquerda já questionaram o Ministério da Educação sobre a matéria.
Hoje em frente do Ministério, Beatriz Farelo, uma das organizadoras da iniciativa, disse à Lusa que o caso de Vagos tornou mais evidente a homofobia nas escolas e que as concentrações surgiram pela necessidade "de os estudantes se fazerem ouvir".
Estudante de 17 anos a completar o ensino secundário, a jovem diz ser evidente a homofobia entre alunos, porque as escolas são idênticas à sociedade, onde essa homofobia existe, mas no caso de Vagos foi da própria instituição.
Diz Beatriz Farelo que devem ser feitas campanhas anti-homofobia nas escolas e as aulas de educação sexual devem ser menos "hetero-normativas", para que os alunos "possam conhecer todas as realidades e não acharem estranhas as atitudes que desprezam", porque na verdade são normais.
De forma geral os alunos não heterossexuais são discriminados? Vítimas de bullying? "Há sempre a questão do bullying nas escolas", responde Beatriz, acrescentando ter a noção de que a gravidade depende das escolas, chegando a haver casos de violência.
Mas também, acrescenta, tem notado que "há cada vez mais repreensão às pessoas homofóbicas", ainda que também ainda sejam glorificados os homofóbicos, nas escolas ou nas redes sociais.
Foi contra isso que hoje meia centena de pessoas se juntaram em frente do Ministério, com bandeiras e palavras de ordem como "Ai não, fobia não, fobia não" ou "Deixa beijar, eu sou estudante e o mundo vou mudar", ou ainda "Homofobia não".
E a apoiar a causa, promovida pelo Movimento Estudantil Democrático, estiveram organizações que lutam contra a discriminação com base na opção sexual, como a ILGA, Rede Ex Aequo, Por Todas Nós, Casa Qui, Panteras Rosa, Opus Gay e Mad le's Femme.
O movimento, avisa, vai continuar, para defender os direitos dos alunos, seja qual for a pessoa que queiram amar.
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