segunda-feira, 31 de maio de 2010

Capital de Rondônia é a quinta mais violenta em casos de bullying

O piscóloga Lais Reis enfatizou que Porto Velho é a quinta capital mais violenta em casos de bullying do país, como mostra o estudo do Projeto Amigos da Paz , sobre casos de bullying em Rondônia. Ocorrências de casos de intimidações e humilhações de alunos nas escolas públicas e privadas foi tema de bebate entre especialistas da área educacional e professores, durante audiência pública nesta segunda-feira (31) na Assembléia Legislativa de Rondônia.

Lais Reis baseou no estudo do Projeto Amigos da Paz , que mostra os casos de bullying em Rondônia, com os seguinte conteúdo: definição, tipos, estudos no mundo, principais personagens, reconhecimento dos sinais para identificação dos alvos e agressores, tragédias provocadas por alvos do bullying e a responsabilidade penal e civil.

Para ele este indíce, mostra a necessidade de se combater o problemas, mas observou as dificuldades encontradas para levar este debate para o interior das escolas, diante das reações contrárias de alguns diretores.


A prática do bullying por parte de alunos vem preocupando o sistema educacional, o que motivou o deputado Professor Dantas (PT), a apresentar requerimento, propondo a realização da referida audiência.


Para o promotor Marcelo Lima de Oliveira, de certa forma as autoridades não estão preparadas para reconhecer, lidar e alertar acerca do problema. Ele enfatizou ainda a cultura do trote, que ainda prevalece em várias unidades escolares. Disse o parlamentar da necessidade de se envolver toda a rede escolar, para um combate efetivo ao bullying.


Já a psicóloga Yong Fong de Pontes do Conselho Regional de Psicologia, disse se tratar de um problema antigo, que precisa ser bem entendido, pois às vezes o profissional não sabe como reagir diante destas situações. “Inúmeros fatores influenciam para este comportamento”, complementou.


A delegada Elza Aparecida representando a Secretaria de Segurança Pública, Defesa e Cidania, disse que infelizmente, muito dos casos de bullying acabam sendo encaminhados na Delegacia Especializada da Infância e da Juventude. A presidenta do Conselho Municipal de Educação de Porto Velho, Yeda Maria de Mello Baleeiro defendeu a necessidade de levar este debate para todas as escolas.


A palestrante oficial da audiência pública foi à psicóloga escolar Lais Reis de Castro, autora do Projeto Amigos da Paz, com o tema: “Bullying – brincadeira que machucam a alma. Ela conceituou o bullying como um conjunto de comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos, adotados por um ou mais alunos contra colegas, sem motivação evidente. “A agressão moral, verbal e até corporal sofrida pelo aluno, provocam dor, angústia e sofrimento na vítima”, afirma a palestrante.


Para apoiar uma criança ou jovem alvo de bullying, a psicóloga a psicóloga salientou que os pais devem manter a calma, já que reagir com impulsividade, como por exemplo, invadir a escola para pedir uma explicação poderá ser o pior a fazer. “É importante levar em consideração que a escola pode não saber da intimidação, mas isto não invalida que os pais conversem com os responsáveis, exija responsabilidade e encontrem uma intervenção integrada”. Continuando afirmou que o bullying são formas de maus tratos: físico, verbal, sexual, emocional, homofóbico e racial.


Ela alertou aos pais sobre os principais sinais de quando uma criança ou jovem está sendo vítima de bullying, destacando os seguintes exemplos: apresenta com freqüência desculpas para faltar às aulas; indisposições constantes como dores de cabeça, estômago, diarréias e vômitos; pedido para mudar de sala ou de escola sem apresentar motivos convincentes; volta da escola irritado, triste, machucado, ou com roupas e materiais sujos. Ao final, a psicóloga relatou casos já registrados em Rondônia, como o caso de um adolescente que comprou uma arma para se proteger de brigas em Ji-Paraná e a criação de uma comunidade de Orkut para ofender e ameaçar um professor, caso este acontecido em Cacoal.


A mesa diretora dos trabalhos foi composta pelas seguintes autoridades e personalidades: deputado Professor Dantas que presidiu o evento; promotor Marcelo Lima de Oliveira, da Promotoria da Justiça da Infância e Juventude; Yong de Pontes, coordenadora do Conselho Regional de Psicologia; Lais Reis de Castro, psicóloga escolar; Wanda Fernandes Arruda Braga, representando a seccional de Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil; delegada Elza Aparecida, representando a Secretaria Estadual de Segurança Pública, Defesa e Cidadania; Yeda Maria de Mello Baleeiro, presidenta do Conselho Municipal de Educação de Porto Velho.


Ao final da audiência, o deputado Professor Dantas destacou a importância do evento, por oportunizar o debate, sobre as ocorrências de agressões e sofrimentos cometidas por um aluno - ou grupo em ambiente escolar. Segundo ele, a partir desta encontro, os profissionais da educação certamente irão intensificar o trabalho de prevenção quanto a prática do bullying, conscientizando os estudantes sobre os malefícios deste comportamento que é uma combinação entre a intimidação e a humilhação das pessoas, geralmente mais acomodadas, passivas ou que não possuem condições de exercer o poder sobre alguém ou sobre um grupo. “Em outras palavras, é uma forma de abuso psicológico, físico e social”, salientou.


fonte: Rôndonia Dinâmica

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