
Fonte: SRDZ
Passando quase 9 meses do atentado que matou 12 crianças e adolescentes na escola Tasso da Silveira, em Realengo, os familiares das vítimas não superaram a dor da perda trágica após o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola no dia 7 de abril e efetuou disparos nos jovens e se matar depois que se viu perseguido por um policial. A fim realizar uma oração em lembrança às vítimas fatais e às que ainda carregam sequelas, haverá neste sábado a partir das 8h uma manifestação em frente ao colégio.
Diferente do que se tem divulgado, o clima entre alunos e pais de alunos do colégio de Realengo, não é de superação. Além de prestar homenagem, os familiares desejam manifestar as diversas obras que a Escola Tasso da Silveira vem sofrendo. Para Adriana Marina, mãe de uma das vítimas, essas reformas estão acontecendo para "mascarar" a realidade.

Escola é reformada, mas problemas que geraram as mortes continuam
Adriana diz ainda que muitos alunos encontram dificuldades em voltar a estudar. "Hoje a Tasso da Silveira está toda arrumada, bonita, e que para isso acontecesse foi necessário que o sangue de nossas crianças fosse derramado", desabafa a mãe.
Para Carlos Nicodemos, advogado e coordenador da ONG Projeto Legal que assiste às vítimas, o passar do tempo e o consequente esquecimento da tragédia da Escola Tarso da Silveira, tem deixado claro que não haverá um enfrentamento do verdadeiro problema que gerou a morte das 12 crianças e feriu tantas outras, que é a violência intra-escolar.
"Temos visto uma ação aparente e estética por parte do poder público. Não temos notícias do desenvolvimento de programas que possam abordar a violência em todos os níveis na relação intra-escolar. Mudar a imagem da escola não é só reformá-la, pois ela nunca será frequentada de forma livre e expontânea. É preciso fazer deste episódio uma oportunidade para formularmos programas que façam o enfrentamento às variadas violências nas escolas", completa o advogado que é ainda Conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos das Crianças (Conanda).
Adriana diz ainda que muitos alunos encontram dificuldades em voltar a estudar. "Hoje a Tasso da Silveira está toda arrumada, bonita, e que para isso acontecesse foi necessário que o sangue de nossas crianças fosse derramado", desabafa a mãe.
Para Carlos Nicodemos, advogado e coordenador da ONG Projeto Legal que assiste às vítimas, o passar do tempo e o consequente esquecimento da tragédia da Escola Tarso da Silveira, tem deixado claro que não haverá um enfrentamento do verdadeiro problema que gerou a morte das 12 crianças e feriu tantas outras, que é a violência intra-escolar.
"Temos visto uma ação aparente e estética por parte do poder público. Não temos notícias do desenvolvimento de programas que possam abordar a violência em todos os níveis na relação intra-escolar. Mudar a imagem da escola não é só reformá-la, pois ela nunca será frequentada de forma livre e expontânea. É preciso fazer deste episódio uma oportunidade para formularmos programas que façam o enfrentamento às variadas violências nas escolas", completa o advogado que é ainda Conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos das Crianças (Conanda).
O órgão está monitorando os desdobramento das autoridades públicas municipais e solicitará mais informações sobre a assistência as vítimas, assim como sobre as atividades que serão trabalhadas no projeto político-pedagógico da escolas para o tema da violência.

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