sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A questão do poder e a prática do bullying

Em todas as minhas oficinas as pessoas se surpreendem quando começamos a tratar sobre a questão do poder que todos nós temos e usamos diariamente.
“Poder” é uma palavra carregada de emoções. A reação das pessoas à palavra poder variam muito. Para algumas pessoas a palavra poder tem uma conotação negativa. Outras se sentem intimidadas por ela. E outras ainda se vangloriam dela. Quanto poder você quer? Quanto poder você acha que merece ter ou desenvolver? O que o poder realmente significa para você?
Eu não penso em poder com relação a dominar as pessoas. Eu não penso em poder como uma forma de impor nada a ninguém. Também não defendo a idéia de que vocês devam pensar da mesma forma. Este tipo de poder raramente sobrevive. Mas todos nós devemos estar conscientes de que o poder é uma constante no mundo. Você constrói suas percepções ou alguém as constrói para você. Você faz o que você quer ou você obedece aos planos que alguém tem para você.
Em minha opinião, ter poder absoluto é ser capaz de conseguir os resultados que você mais deseja e criar valores para os outros durante o processo. Poder significa ter habilidade para mudar a sua vida, moldar suas percepções, fazer com que as coisas funcionem para você e não contra você. O poder verdadeiro é compartilhado e não imposto. É ter a capacidade de definir as necessidades humanas e satisfazê-las – as suas e as das pessoas que você ama. É ser capaz de comandar o seu próprio reinado – seus próprios processos de pensamentos, os seus comportamentos – para que você consiga produzir os resultados precisos que você deseja.
Infelizmente, milhares de pessoas usam o poder que têm para intimidar, maltratar, machucar, humilhar, constranger os outros. Nossa história nos dá infinitos exemplos de como grandes líderes abusaram do seu poder em prol de práticas abusivas e violentas que causaram verdadeiros desastres para a humanidade.
Na prática do bullying, agressores ou bullies são crianças, jovens ou adultos que acreditam ter mais poder do que os outros e que por isso podem agredir os mais fracos. Ou são pessoas que aprenderam em casa que é pisando nos outros que se consegue aquilo que se deseja. Ou ainda, são aqueles que foram alvos um dia e precisam descontar em alguém os abusos que eles mesmos sofreram.
Por que não ensinar nossos filhos, sobrinhos, filhos de amigos a usar o poder que todos nós temos para fazer o bem?
Você é a pessoa que decide como vai se sentir e agir baseado na maneira como você deseja viver sua vida. Nada tem significado algum exceto aquele que nós mesmos damos às coisas. A maioria das pessoas ligou o botão do piloto automático durante este processo de interpretação da vida, mas nós podemos tomar posse daquele poder de novo e imediatamente mudar nossa experiência no mundo.
Fica aqui a reflexão: o que você está fazendo com o poder que você tem?

Fonte: itu.com.br

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