sábado, 4 de fevereiro de 2017

Psicóloga orienta pais sobre como preparar as crianças para o início do ano letivo



Uma semana organizada é essencial para o bom desempenho escolar das crianças


Com o início das aulas, a preocupação dos pais com a rotina das crianças aumenta. Após um longo período de férias, os pequenos podem apresentar resistência, ou até mesmo algumas dificuldades, ao voltarem à rotina escolar. Muitas vezes, diante de determinados comportamentos, os pais ficam confusos e sem reações.
Segundo a psicóloga especialista em psicopedagogia Gisele Machado da Silva Carita, a reorganização dos horários é essencial para preparar os filhos para à rotina escolar. Ela explica que dessa forma, o impacto da nova rotina se torna menor, tornando-se algo natural para as crianças. “Os pais devem preparar o ambiente familiar para a volta às aulas reorganizando os horários da criança e, algumas vezes, até mesmo os horários da família para que o impacto da nova rotina seja o menor possível. O horário de sono e de alimentação das crianças, que durante as férias costuma ser flexível, deve ser alinhado às novas necessidades e tudo deve ser apontado para a criança com naturalidade”, afirma Gisele.  
Para as crianças que já iniciaram, ou iniciarão, a vida escolar em 2017, não é diferente. Além da importância da rotina escolar estar aliada com a de casa, de acordo com a psicopedagoga, a segurança dos pais em relação à frequência escolar dos filhos é essencial. A especialista aponta que atitudes como visitas à escola e conversas com professores e coordenação deixa tudo mais tranquilo nesta nova etapa. “Atitudes como estas dão tranquilidade aos pais e, consequentemente, às crianças. É importante que a criança sinta que seus pais estão seguros e confiam em sua escola”, declara a psicóloga.
A especialista aponta que algumas posturas são essenciais para as crianças terem um bom ano letivo. Para isso acontecer, a psicóloga explica que os pais precisam ter uma semana organizada em função das necessidades dos filhos. “Os horários de sono, alimentação e estudo, além do interesse dos pais sobre a vida escolar da criança, são essenciais. Os pais devem ter diálogo com a escola e saber sobre o comportamento dos filhos para orientá-los da melhor forma possível”, diz.
Ela explica que todas as crianças devem ser acolhidas pela unidade escolar e a família. “Não só as crianças que sofrem bullying ou alguma forma de agressão devem ser acolhidas pela família e pela escola. Aquelas que praticam agressões, também necessitam de acolhimento”, diz Gisele.

Para a psicóloga, toda família que se sentir impotente diante de algumas situações, pode e deve buscar ajuda psicológica, não só para a criança, mas também para si próprio.

Bullying 

O bullying é um problema que afeta muitas crianças, e com a volta às aulas a preocupação dos pais e a dúvida de como lidar com o assunto aumenta. A psicóloga orienta que esse problema deve ser combatido pela escola e que as famílias de ambos, tanto do afetado como a do que pratica, devem participar ativamente deste processo. “Sempre que suspeitar que a criança possa estar sendo alvo de bullying, a família deve procurar a escola que, por sua vez, deve se mobilizar para resolução do problema. Combater o bullying não é tarefa simples, mas ignorá-lo pode incorrer implicações severas para o desenvolvimento psicossocial do indivíduo”.  
Caso o problema não seja combatido, a vítima do bullying pode apresentar vários sintomas como fobia escolar, insônia, alterações nos padrões alimentares, isolamento social, agressividade, entre outros. A psicóloga afirma que esses sinais podem transitórios ou mais duradores, isso vai depender das características de cada caso. “É importante que as famílias estejam atentas ao comportamento de seus filhos e sensíveis a mudanças repentinas das crianças. É natural as crianças se sentirem bem na escola, no contato com os colegas e nas interações sociais em geral. Quando os pais percebem que isto não está ocorrendo, é hora de prestar mais atenção na criança, pois, muitas vezes, a criança não relata aos pais o violência sofrida por medo, vergonha, sentimento de culpa ou por não conseguir identificar  o ato como agressão”, declara a especialista.

Gisele explica que a ajuda psicológica é bem-vinda em alguns casos, mas é indicada no sentido de orientar a criança a lidar com as situação. “Ajuda psicológica é importante, mas o problema não é isolado a criança e sua família, o bullying se manifesta no contexto escolar e deve ser combatida de forma ampla na própria escola”, finaliza a psicóloga.
Foto: Pixabay

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