segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Minas Gerais registra um caso de violência nas escolas a cada três dias

Especialistas apontam modernização do ensino e investimento na formação dos educadores como soluções
violência escolas
Alunos de escola onde diretora foi chutada por estudante ficaram assustados com o episódio e fizeram manifestação pedindo paz na instituição


No lugar dos debates, ameaças; ao invés de convivência e troca de conhecimento, brigas, e até mesmo mortes. Os números confirmam que as escolas de Minas Gerais precisam de ajuda: a cada três dias, um caso de violência é registrado nas instituições de ensino, segundo o Sindicato dos Professores Particulares de Minas Gerais, que mantêm desde fevereiro de 2011 um disque-denúncia para receber ocorrências deste tipo.

Nas últimas semanas, os desdobramentos de um dos casos de maior repercussão no Estado voltou à tona: o estudante Amilton de Loyola Caires, acusado de matar a facadas um professor no Instituto Izabella Hendrix, na capital, está em casa. Diagnosticado com problemas mentais, a Justiça determinou que ele cumpra a pena em clínica psiquiátrica, mas faltam vagas.
Acontecimentos chocantes como este não parecem tão isolados quando ouvimos relatos como o do professor M.,que dá aulas em um centro de ensino particular de Belo Horizonte e e foi surpreendido ao ver seu nome circulando pelas redes sociais acompanhado de xingamentos e ameaças que diziam "é por isso que professor morre por aí". A instituição não tomou qualquer providência. M. então decidiu pedir afastamento temporário do local e não registrou boletim de ocorrência por medo do que poderia acontecer.Ele alega que trabalhar em escola privada é "um caos" atulmente.

- Os jovens se sentem no direito de agir de forma absurda, porque a sensação de impunidade reina no nosso país. Falta educação familiar, dar limites para esses estudantes em casa e valores morais.

O medo é o mesmo sentimento que invade Lucilene Maria de Campos Luís se o telefone toca em horário escolar. O filho dela, hoje com 15 anos, foi agredido duas vezes no local onde estuda. Em uma das ocasiões, o responsável foi um funcionário do lugar. Mas, o baque maior veio depois de uma agressão que partiu de um colega: P.V.L carrega até hoje as consequências do que sofreu.

- Ele foi empurrado por um colega da mesma idade e se protegeu com o braço. Meu filho teve duas fraturas expostas, passou por cirurgias e hoje tem dificuldades para mexer a mão direita.
Embora o menino agressor tenha sido expulso do lugar, Lucilene reclama da posição da escola e da família do jovem envolvido,  contando que "ninguém procurou saber como ele estava".

Fonte: R7

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